ALIANÇA

domingo, 25 de novembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
sábado, 30 de junho de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
APRENDIZ DA VIDA!
Um dia desses, na sala de espera de um consultório médico, percebi, solta entre as revistas, uma folha de papel.
A curiosidade fez com que a tomasse
para ler o conteúdo. Era uma bela mensagem que alguém havia escrito.
O título, interessante e curioso: “Aprendi”... E dizia o seguinte:
Aprendi
que eu não posso exigir o amor de ninguém,
posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e
ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi
que não importa o quanto certas coisas sejam importantes
para mim, tem gente que não dá a mínima
e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi
que posso passar anos construindo uma verdade
e destruí-la em apenas alguns segundos.
Aprendi
que posso usar meu charme por apenas 5 minutos...
Depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi...
Que posso fazer algo em um minuto
e ter que responder por isso o resto da vida.
Aprendi
que por mais que se corte um pão, cada fatia continua tendo duas faces... E o mesmo vale para tudo
o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi...
Que vai demorar muito para me transformar
na pessoa que quero ser... E devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir
além dos limites que eu própria coloquei.
Aprendi
que preciso escolher entre controlar meus pensamentos
ou ser controlado por eles.
Aprendi...
Que os heróis são pessoas
que fazem o que devem fazer “naquele” momento,
Independentemente do medo que sentem.
Aprendi
que perdoar exige muita prática e que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue demonstrá-lo.
Aprendi...
Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente
daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi
que posso ficar furioso. Tenho direito de me irritar,
mas não tenho o direito de ser cruel.
Aprendi
e repasso ao mundo, que jamais posso dizer a uma criança que seus SONHOS SÃO IMPOSSÍVEIS, pois seria uma tragédia
para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi
que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando...
E que eu tenho que me acostumar com isso.
Aprendi
que não é o bastante ser perdoado pelos outros...
Eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que,
não importa o quanto meu coração esteja sofrendo,
o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi...
Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis
pelo que eu sou, mas não pelas escolhas
que eu faço quando adulto.
Aprendi que,
numa briga, eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Aprendi
que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas
não discutem, não significa que elas se amem.
Aprendi que,
por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi
que a minha existência pode mudar para sempre,
em poucas horas, por causa de gente que eu
nunca vi antes.
Aprendi
também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável nem mais sábio.
Aprendi
que as palavras de amor perdem o sentido,
quando usadas sem critério. E que amigos
não são apenas para guardar no fundo do peito,
mas para mostrar que são amigos.
Aprendi
que certas pessoas vão embora da nossa vida
de qualquer maneira, mesmo que desejemos
retê-las para sempre.
Aprendi, afinal,
que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito
a aprender em minha vida.
A curiosidade fez com que a tomasse
para ler o conteúdo. Era uma bela mensagem que alguém havia escrito.
O título, interessante e curioso: “Aprendi”... E dizia o seguinte:
Aprendi
que eu não posso exigir o amor de ninguém,
posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e
ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi
que não importa o quanto certas coisas sejam importantes
para mim, tem gente que não dá a mínima
e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi
que posso passar anos construindo uma verdade
e destruí-la em apenas alguns segundos.
Aprendi
que posso usar meu charme por apenas 5 minutos...
Depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi...
Que posso fazer algo em um minuto
e ter que responder por isso o resto da vida.
Aprendi
que por mais que se corte um pão, cada fatia continua tendo duas faces... E o mesmo vale para tudo
o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi...
Que vai demorar muito para me transformar
na pessoa que quero ser... E devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir
além dos limites que eu própria coloquei.
Aprendi
que preciso escolher entre controlar meus pensamentos
ou ser controlado por eles.
Aprendi...
Que os heróis são pessoas
que fazem o que devem fazer “naquele” momento,
Independentemente do medo que sentem.
Aprendi
que perdoar exige muita prática e que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue demonstrá-lo.
Aprendi...
Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente
daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi
que posso ficar furioso. Tenho direito de me irritar,
mas não tenho o direito de ser cruel.
Aprendi
e repasso ao mundo, que jamais posso dizer a uma criança que seus SONHOS SÃO IMPOSSÍVEIS, pois seria uma tragédia
para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi
que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando...
E que eu tenho que me acostumar com isso.
Aprendi
que não é o bastante ser perdoado pelos outros...
Eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que,
não importa o quanto meu coração esteja sofrendo,
o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi...
Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis
pelo que eu sou, mas não pelas escolhas
que eu faço quando adulto.
Aprendi que,
numa briga, eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Aprendi
que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas
não discutem, não significa que elas se amem.
Aprendi que,
por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi
que a minha existência pode mudar para sempre,
em poucas horas, por causa de gente que eu
nunca vi antes.
Aprendi
também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável nem mais sábio.
Aprendi
que as palavras de amor perdem o sentido,
quando usadas sem critério. E que amigos
não são apenas para guardar no fundo do peito,
mas para mostrar que são amigos.
Aprendi
que certas pessoas vão embora da nossa vida
de qualquer maneira, mesmo que desejemos
retê-las para sempre.
Aprendi, afinal,
que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito
a aprender em minha vida.
SEMANA SANTA 2012
FONTE: http://www.coracaodemaria.org.br
A Semana Santa celebra-se na comunidade. A Semana Santa para os cristãos se reveste de um sentido todo especial e é um marco importante no seguimento de Jesus Cristo. Neste tempo, muitos procuram sair das cidades e abandonar as suas comunidades para fazer alguns dias de descanso na praia ou no campo.
Essa é uma prática imprópria e que em nada condiz com o sentido espiritual da pastoral e da liturgia que se celebra. Isso acarreta uma perda para a formação cristã e priva as pessoas da oportunidade de crescerem espiritualmente e se integrarem mais profundamente na vivência do Mistério Pascal de Cristo. O lugar para passar a Semana Santa é a comunidade, participando de suas celebrações.
Tempo de Retiro
A Semana Santa é tempo privilegiado para a comunidade e os cristãos, no silêncio e na oração, fazerem o encontro com o Senhor, conviverem mais intensamente com Ele, avaliarem as suas práticas em busca da vida plena.
É um tempo propício para acolher a misericórdia de Deus Pai, revelada na vida de Jesus, o Filho amado. Tempo para ler e escutar a Palavra de Deus e colocar a vida em dia diante do Senhor e dos irmãos.
Tempo de ação de graças para bendizer o Senhor pela salvação que nos oferece.
Tempo de renovação
Nos dias da Semana Santa a graça e a bênção de Deus são mais palpáveis e mais intensamente sentidas na comunidade. A força pascal do Cristo invade o tempo, atinge o coração, ilumina as mentes, questiona as contradições humanas e provoca o novo. Transforma o ser humano e o introduz numa nova vida, despertando o gosto pelas coisas de Deus, alimentando o prazer de estar com Deus, a serviço do seu Reino.
Participar das celebrações na Semana Santa significa entrar na força da Páscoa do Cristo que tudo renova e plenifica com seu Espírito.
Tempo de cultivar o novo
Durante oito dias, celebrando o mistério da morte e ressurreição do Senhor, aprendemos em que consiste a liturgia do Filho de Deus que disse: Eu vim para servir e não para ser servido (Mt 20,28) e que afirmou:ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos (Jo 15,13). Esse jeito de Jesus entender a vida como serviço, nós lembramos e celebramos na liturgia. E pela liturgia, o Espírito Santo imprime em nossas vidas esse jeito de Deus amar e servir. Fazer memória de Jesus na liturgia nada mais é do que permitir que a novidade do evangelho, essa liturgia de Jesus, a sua solidariedade humano-divina se instaurem em nossas vidas e nos façam pessoas novas e santas, provocadoras do Projeto de vida em abundância para todos (cf. Jo 10,10).
Nas celebrações da Semana Santa se descobre e se cultiva a novidade do Reino de Deus.
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor: lembra o projeto de Jesus
Na liturgia do domingo de Ramos, revivemos a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém para celebrar a sua Páscoa. Unidos aos seus sentimentos, mergulhamos no seu projeto de obediência ao Pai e de serviço à humanidade. Lembrando Jesus reafirmamos nossa obediência e assumimos a solidariedade com os excluídos e marginalizados.
Três símbolos estão presentes na liturgia: os ramos, a procissão com ramos e a proclamação do Evangelho da Paixão.
Fazemos parte de um povo que sai às ruas, agitando ramos, cantando hinos ao Cristo, nosso Rei e Redentor. Aclamamos Jesus como Messias, o esperado das nações.
Cremos que Ele vem realizar as promessas antigas e instaurar o Reino: Justiça para os pobres, participação na construção da sociedade solidária, convivência fraterna, paz entre os povos; diálogo entre as religiões e culturas e vida em abundância para todos.
Em cada celebração, o Senhor está presente para realizar as promessas e nós o acolhemos através da prece e da participação e nos unimos à sua missão de trazer a paz. No Domingo de Ramos isso acontece de modo especial.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas sacramento da nossa fé na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
É o Domingo da Paixão de Jesus, do seu sofrimento assumido como expressão de compaixão pela multidão de famintos e da nossa compaixão com todos os sofridos em sua busca de libertação.
A entrada triunfal em Jerusalém é o convite para que os cristãos entrem hoje nas cidades e proclamem o Projeto de vida e promovam o mutirão contra a fome e a corrupção.
Em procissão, aclamando que Ele vem em nome de Deus, aderimos ao seu projeto e abraçamos a sua atitude de servidor fiel até a extrema entrega na cruz.
Quinta Feira-Santa: Festa do serviço e da partilha
Na Eucaristia Jesus deixa o seu testamento com este seu pedido: Façam isto em minha memória. A eucaristia, a nova Páscoa, é memória da entrega do Senhor, de sua morte e ressurreição. Jesus que celebra a última ceia é o mesmo que dá o seu corpo e derrama o seu sangue por nós.
Hoje, em todas as comunidades do mundo, se faz memória da última ceia de Jesus, da sua doação sem limites na cruz. Celebra-se a inauguração da nova aliança no sangue derramado para a salvação da humanidade. É o início do Tríduo Pascal que terá o seu término na tarde do domingo. Realiza-se para as comunidades o Mistério Pascal de Cristo, a sua passagem deste mundo para o Pai. O evangelho do lava-pés (Jo 13, 1-17) nos dá o sentido da vida de Jesus e revela o significado na participação da eucaristia: solidariedade e serviço.
Com este Evangelho entramos na liturgia e comungamos com os sentimentos de Jesus que tinha consciência que seria traído e entregue, assume a missão até o fim em fidelidade ao Pai e por amor à humanidade e aos seus. Dois gestos marcam a liturgia e falam da entrega de Jesus: o lava-pés e, na eucaristia, o pão e o vinho partilhados.
Na celebração lembramos as palavras de Jesus:“Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal antes de sofrer” (Lc 22,15).
Celebrar a eucaristia significa participar na Páscoa de Cristo, na sua morte e ressurreição. Participando da celebração entregamos com Jesus nossa vida ao Pai, na certeza de que um dia o Reino acontecerá - não haverá mais lágrimas nem sofrimento e não existirá mais fome nem dominação.
Sexta Feira Santa: Memória da solidariedade de Jesus até a morte na cruz
No centro da liturgia de hoje está a cruz, erguida como sinal e prova do amor de Jesus, condenado injustamente, torturado até a morte, que colocou sua vida nas mãos do Pai, confiando na justiça e na misericórdia do Pai.
No Domingo de Ramos, Jesus, entrando em Jerusalém, apresenta o seu projeto político e religioso, capaz de revolucionar o modo de organizar a cidade, estabelecer relações entre as pessoas e firmar um culto em espírito e verdade.
Na última ceia, ao redor de uma mesa, partilhando o pão e rendendo graças, ensina, em que consiste o milagre da partilha e a força revolucionária do serviço e da solidariedade.
Logo depois, sofre a rejeição e a condenação por causa do projeto em favor da vida e dos pobres. Enfrenta a morte violenta na cruz para proclamar que o Reino, a liberdade e o pão com fartura só virão de dentro do coração de pessoas solidárias, abnegadas e consagradas para viver e ensinar que o pão só tem sentido quando partilhado.
Na Vigília Pascal, celebramos o começo de uma nova história: o Pai ressuscita o seu Filho para mostrar que pelo caminho da cruz chega a vida para o mundo e pela doação de Jesus, Ele intervém para fazer novas todas as coisas. Ressuscita o seu Filho para indicar que a salvação tem a sua fonte no amor e só se participa da salvação, assumindo o caminho da cruz.
Na celebração sempre lembramos a cruz e o testemunho de Jesus. E ao fazer a celebração, entramos de corpo e alma no seu caminho e ressuscitamos com Ele.
Na liturgia da morte do Senhor, o nosso coração contempla a cruz que acompanha, no dia a dia, tantos irmãos que sofrem a dor da fome, experimentam o ódio e a rejeição e são marcados pela violência e a discriminação.
A cruz de Jesus e a cruz dos irmãos nos conduzem à liturgia onde se celebra o amor e a misericórdia do Pai que acolhe o sofrimento do seu Filho e abraça a dor dos seus filhos e não os esquece nem os abandona.
Na Sexta feira Santa, reunidos em assembléia, tendo a cruz no centro, em silêncio e em oração, nos ajoelhamos, expressando a nossa solidariedade com todos os que sofrem e manifestamos o nosso protesto contra a injustiça, a guerra, a violência e a opressão. Rezamos com os crucificados do mundo, confiantes na força pascal da Cruz de Jesus que nos libertará de todo o sofrimento.
A cruz nos lembra o amor e a entrega radical de Jesus para fazer a vontade do Pai e realizar a experiência do Reino de fraternidade e justiça.
Dessa entrega de Jesus nasce a Igreja. Desse seu amor, simbolizado no coração aberto pela lança, brotam os sacramentos do batismo (água) e da eucaristia (sangue).
É significativo o rito da entrada da cruz na assembléia litúrgica como sinal da páscoa de Jesus, de sua vitória sobre a morte e a injustiça. Pela força da cruz estamos reunidos. Cristo, em todas as celebrações, reúne na unidade os filhos dispersos e os constitui o novo povo eleito, profético e sacerdotal.
Sábado santo: Dia de silêncio e espera
No Sábado Santo não há nenhuma liturgia oficial. As igrejas estão vazias. Os altares desnudos. Os tabernáculos abertos e vazios. As velas apagadas. O silêncio pervade todos os ambientes. É uma experiência de tristeza e atitude de espera.
Tudo para lembrar que Cristo desce à mansão dos mortos e assume o destino e a limitação do ser humano. Ele é solidário até o fim e faz a descida da morte, entra no seu mistério, para sair vitorioso e abrir para todos um caminho de luz e esperança.
Uma homilia, do século IV, fala bem alto: Que está acontecendo hoje?
Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. (...) O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levante-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".
No silêncio, somos convidados a fazer uma viagem até o nosso interior e meditar sobre o sentido da nossa vida e avaliar a qualidade da nossa relação com o Senhor. Silêncio que nos leva perceber o mistério que envolve a nossa vida e nos fala da necessidade de estarmos com Deus.
Sábado Santo é dia de recolhimento, de encontro com o Ressuscitado, na oração e na contemplação. É preparação para liturgia da Vigília Pascal, a grande festa, a mãe de todas as vigílias e a fonte de todas as liturgias.
Aí encontramos um sentido para a vida e ressuscitamos com Cristo para uma vida nova.
Vigília Pascal: Cristo ressurgiu da morte
É a grande festa. A liturgia mais solene e importante da Igreja. A celebração mais bonita e marcada pela emoção e pelo louvor.
Era o primeiro dia da semana. As mulheres foram de madrugada ao sepulcro, levando perfumes, e encontraram a pedra removida. Ficaram com medo. Lembraram as palavras de Jesus e voltaram, anunciando a ressurreição aos onze e a todos os outros.
A Vigília Pascal é o acontecimento marcante porque a comunidade se reúne para celebrar a Ressurreição do Senhor - acontecimento histórico que a constitui e identifica.
Vigília Pascal celebra Cristo, o novo Adão. É a nova criação do mundo.
Cristo é o nosso Moisés que liberta o povo de todas as escravidões. Em Cristo o povo livre e peregrino, fundamentado na nova Aliança com Deus, vive a plenitude da promessa e faz a experiência da fraternidade e partilha.
O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão. Acendemos as nossas velas no Círio e saímos pelas ruas cantando a nossa ressurreição e vitória no Ressuscitado.
A Vigília Pascal lembra e renova o nosso batismo. Pelo batismo morremos e ressuscitamos com Cristo. Mergulharmos nas águas para enterrar todo pecado. Saímos da água para simbolizar que em Cristo iniciamos uma nova vida, renovada e vivida no Espírito Santo.
O momento alto desta noite é a celebração da eucaristia.Bendizemos ao Pai que ressuscitou seu Filho e nos faz participantes da sua vitória sobre a morte. Reunidos ao redor da mesa, comemos o pão partilhado e bebemos o vinho, sangue derramado, como convivas, na esperança de um dia participar para sempre na festa do Reino, que um dia será plena e nunca se acabará.
Nesta celebração pascal, acolhamos a palavra da ressurreição e deixemo-nos abençoar por esta palavra. Passando pelas águas batismais, mergulhemos na imensidão da compaixão do Pai que nos recria para um novo jeito de viver.
A Vigília Pascal nos liga e nos introduz na celebração do Domingo da ressurreição e nos move para a festa dos cinqüenta dias de festa: “Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e Nele exultemos” (Gl 118). Mas a missa da Vigília é a verdadeira missa da Domingo de Páscoa. As outras missas durante o domingo são prolongamento da Vigília e mantém o clima pascal festivo.
Tempo Pascal: a Festa da Vitória de Jesus
O tempo pascal é celebrado como um só e grande dia de festa desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes. E celebrar o tempo pascal é festejar, aqui e agora, a ressurreição de Jesus como nova vida para as pessoas, comunidades e a humanidade. É vibrar intensamente com a ressurreição de Jesus, revestidos de sua vitória sobre a morte, lembrando todos os dias, na liturgia e na oração: “Ele não está aqui, ressuscitou”(Mc 16,6), e alegrando-nos com a sua saudação: ”A paz esteja convosco! Não tenhais medo, sou eu!” (Lc 24, 36-37) e como os discípulos de Emaús, reconhecendo o Ressuscitado presente na caminhada, nos pequenos e simples gestos, na escuta da palavra da Escritura, no repartir os alimentos e nas celebrações da comunidade (cf. Lc 24, 13-35).
Na festa da Ascensão, celebramos a subida de Jesus aos céus. Ele, rejeitado pela justiça dos homens, Deus o faz sentar à sua direita, dando-lhe o poder de julgar e governar o mundo inteiro, tornado-o Senhor da história. Subindo aos céus, Ele nos envia a proclamar por toda a terra o seu Reino de vida e liberdade.
No dia de Pentecostes termina o tempo pascal e o Mistério da Páscoa de Jesus atinge a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja.
A Semana Santa celebra-se na comunidade. A Semana Santa para os cristãos se reveste de um sentido todo especial e é um marco importante no seguimento de Jesus Cristo. Neste tempo, muitos procuram sair das cidades e abandonar as suas comunidades para fazer alguns dias de descanso na praia ou no campo.
Essa é uma prática imprópria e que em nada condiz com o sentido espiritual da pastoral e da liturgia que se celebra. Isso acarreta uma perda para a formação cristã e priva as pessoas da oportunidade de crescerem espiritualmente e se integrarem mais profundamente na vivência do Mistério Pascal de Cristo. O lugar para passar a Semana Santa é a comunidade, participando de suas celebrações.
Tempo de Retiro
A Semana Santa é tempo privilegiado para a comunidade e os cristãos, no silêncio e na oração, fazerem o encontro com o Senhor, conviverem mais intensamente com Ele, avaliarem as suas práticas em busca da vida plena.
É um tempo propício para acolher a misericórdia de Deus Pai, revelada na vida de Jesus, o Filho amado. Tempo para ler e escutar a Palavra de Deus e colocar a vida em dia diante do Senhor e dos irmãos.
Tempo de ação de graças para bendizer o Senhor pela salvação que nos oferece.
Tempo de renovação
Nos dias da Semana Santa a graça e a bênção de Deus são mais palpáveis e mais intensamente sentidas na comunidade. A força pascal do Cristo invade o tempo, atinge o coração, ilumina as mentes, questiona as contradições humanas e provoca o novo. Transforma o ser humano e o introduz numa nova vida, despertando o gosto pelas coisas de Deus, alimentando o prazer de estar com Deus, a serviço do seu Reino.
Participar das celebrações na Semana Santa significa entrar na força da Páscoa do Cristo que tudo renova e plenifica com seu Espírito.
Tempo de cultivar o novo
Durante oito dias, celebrando o mistério da morte e ressurreição do Senhor, aprendemos em que consiste a liturgia do Filho de Deus que disse: Eu vim para servir e não para ser servido (Mt 20,28) e que afirmou:ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos (Jo 15,13). Esse jeito de Jesus entender a vida como serviço, nós lembramos e celebramos na liturgia. E pela liturgia, o Espírito Santo imprime em nossas vidas esse jeito de Deus amar e servir. Fazer memória de Jesus na liturgia nada mais é do que permitir que a novidade do evangelho, essa liturgia de Jesus, a sua solidariedade humano-divina se instaurem em nossas vidas e nos façam pessoas novas e santas, provocadoras do Projeto de vida em abundância para todos (cf. Jo 10,10).
Nas celebrações da Semana Santa se descobre e se cultiva a novidade do Reino de Deus.
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor: lembra o projeto de Jesus
Na liturgia do domingo de Ramos, revivemos a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém para celebrar a sua Páscoa. Unidos aos seus sentimentos, mergulhamos no seu projeto de obediência ao Pai e de serviço à humanidade. Lembrando Jesus reafirmamos nossa obediência e assumimos a solidariedade com os excluídos e marginalizados.
Três símbolos estão presentes na liturgia: os ramos, a procissão com ramos e a proclamação do Evangelho da Paixão.
Fazemos parte de um povo que sai às ruas, agitando ramos, cantando hinos ao Cristo, nosso Rei e Redentor. Aclamamos Jesus como Messias, o esperado das nações.
Cremos que Ele vem realizar as promessas antigas e instaurar o Reino: Justiça para os pobres, participação na construção da sociedade solidária, convivência fraterna, paz entre os povos; diálogo entre as religiões e culturas e vida em abundância para todos.
Em cada celebração, o Senhor está presente para realizar as promessas e nós o acolhemos através da prece e da participação e nos unimos à sua missão de trazer a paz. No Domingo de Ramos isso acontece de modo especial.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas sacramento da nossa fé na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
É o Domingo da Paixão de Jesus, do seu sofrimento assumido como expressão de compaixão pela multidão de famintos e da nossa compaixão com todos os sofridos em sua busca de libertação.
A entrada triunfal em Jerusalém é o convite para que os cristãos entrem hoje nas cidades e proclamem o Projeto de vida e promovam o mutirão contra a fome e a corrupção.
Em procissão, aclamando que Ele vem em nome de Deus, aderimos ao seu projeto e abraçamos a sua atitude de servidor fiel até a extrema entrega na cruz.
Quinta Feira-Santa: Festa do serviço e da partilha
Na Eucaristia Jesus deixa o seu testamento com este seu pedido: Façam isto em minha memória. A eucaristia, a nova Páscoa, é memória da entrega do Senhor, de sua morte e ressurreição. Jesus que celebra a última ceia é o mesmo que dá o seu corpo e derrama o seu sangue por nós.
Hoje, em todas as comunidades do mundo, se faz memória da última ceia de Jesus, da sua doação sem limites na cruz. Celebra-se a inauguração da nova aliança no sangue derramado para a salvação da humanidade. É o início do Tríduo Pascal que terá o seu término na tarde do domingo. Realiza-se para as comunidades o Mistério Pascal de Cristo, a sua passagem deste mundo para o Pai. O evangelho do lava-pés (Jo 13, 1-17) nos dá o sentido da vida de Jesus e revela o significado na participação da eucaristia: solidariedade e serviço.
Com este Evangelho entramos na liturgia e comungamos com os sentimentos de Jesus que tinha consciência que seria traído e entregue, assume a missão até o fim em fidelidade ao Pai e por amor à humanidade e aos seus. Dois gestos marcam a liturgia e falam da entrega de Jesus: o lava-pés e, na eucaristia, o pão e o vinho partilhados.
Na celebração lembramos as palavras de Jesus:“Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal antes de sofrer” (Lc 22,15).
Celebrar a eucaristia significa participar na Páscoa de Cristo, na sua morte e ressurreição. Participando da celebração entregamos com Jesus nossa vida ao Pai, na certeza de que um dia o Reino acontecerá - não haverá mais lágrimas nem sofrimento e não existirá mais fome nem dominação.
Sexta Feira Santa: Memória da solidariedade de Jesus até a morte na cruz
No centro da liturgia de hoje está a cruz, erguida como sinal e prova do amor de Jesus, condenado injustamente, torturado até a morte, que colocou sua vida nas mãos do Pai, confiando na justiça e na misericórdia do Pai.
No Domingo de Ramos, Jesus, entrando em Jerusalém, apresenta o seu projeto político e religioso, capaz de revolucionar o modo de organizar a cidade, estabelecer relações entre as pessoas e firmar um culto em espírito e verdade.
Na última ceia, ao redor de uma mesa, partilhando o pão e rendendo graças, ensina, em que consiste o milagre da partilha e a força revolucionária do serviço e da solidariedade.
Logo depois, sofre a rejeição e a condenação por causa do projeto em favor da vida e dos pobres. Enfrenta a morte violenta na cruz para proclamar que o Reino, a liberdade e o pão com fartura só virão de dentro do coração de pessoas solidárias, abnegadas e consagradas para viver e ensinar que o pão só tem sentido quando partilhado.
Na Vigília Pascal, celebramos o começo de uma nova história: o Pai ressuscita o seu Filho para mostrar que pelo caminho da cruz chega a vida para o mundo e pela doação de Jesus, Ele intervém para fazer novas todas as coisas. Ressuscita o seu Filho para indicar que a salvação tem a sua fonte no amor e só se participa da salvação, assumindo o caminho da cruz.
Na celebração sempre lembramos a cruz e o testemunho de Jesus. E ao fazer a celebração, entramos de corpo e alma no seu caminho e ressuscitamos com Ele.
Na liturgia da morte do Senhor, o nosso coração contempla a cruz que acompanha, no dia a dia, tantos irmãos que sofrem a dor da fome, experimentam o ódio e a rejeição e são marcados pela violência e a discriminação.
A cruz de Jesus e a cruz dos irmãos nos conduzem à liturgia onde se celebra o amor e a misericórdia do Pai que acolhe o sofrimento do seu Filho e abraça a dor dos seus filhos e não os esquece nem os abandona.
Na Sexta feira Santa, reunidos em assembléia, tendo a cruz no centro, em silêncio e em oração, nos ajoelhamos, expressando a nossa solidariedade com todos os que sofrem e manifestamos o nosso protesto contra a injustiça, a guerra, a violência e a opressão. Rezamos com os crucificados do mundo, confiantes na força pascal da Cruz de Jesus que nos libertará de todo o sofrimento.
A cruz nos lembra o amor e a entrega radical de Jesus para fazer a vontade do Pai e realizar a experiência do Reino de fraternidade e justiça.
Dessa entrega de Jesus nasce a Igreja. Desse seu amor, simbolizado no coração aberto pela lança, brotam os sacramentos do batismo (água) e da eucaristia (sangue).
É significativo o rito da entrada da cruz na assembléia litúrgica como sinal da páscoa de Jesus, de sua vitória sobre a morte e a injustiça. Pela força da cruz estamos reunidos. Cristo, em todas as celebrações, reúne na unidade os filhos dispersos e os constitui o novo povo eleito, profético e sacerdotal.
Sábado santo: Dia de silêncio e espera
No Sábado Santo não há nenhuma liturgia oficial. As igrejas estão vazias. Os altares desnudos. Os tabernáculos abertos e vazios. As velas apagadas. O silêncio pervade todos os ambientes. É uma experiência de tristeza e atitude de espera.
Tudo para lembrar que Cristo desce à mansão dos mortos e assume o destino e a limitação do ser humano. Ele é solidário até o fim e faz a descida da morte, entra no seu mistério, para sair vitorioso e abrir para todos um caminho de luz e esperança.
Uma homilia, do século IV, fala bem alto: Que está acontecendo hoje?
Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. (...) O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levante-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".
No silêncio, somos convidados a fazer uma viagem até o nosso interior e meditar sobre o sentido da nossa vida e avaliar a qualidade da nossa relação com o Senhor. Silêncio que nos leva perceber o mistério que envolve a nossa vida e nos fala da necessidade de estarmos com Deus.
Sábado Santo é dia de recolhimento, de encontro com o Ressuscitado, na oração e na contemplação. É preparação para liturgia da Vigília Pascal, a grande festa, a mãe de todas as vigílias e a fonte de todas as liturgias.
Aí encontramos um sentido para a vida e ressuscitamos com Cristo para uma vida nova.
Vigília Pascal: Cristo ressurgiu da morte
É a grande festa. A liturgia mais solene e importante da Igreja. A celebração mais bonita e marcada pela emoção e pelo louvor.
Era o primeiro dia da semana. As mulheres foram de madrugada ao sepulcro, levando perfumes, e encontraram a pedra removida. Ficaram com medo. Lembraram as palavras de Jesus e voltaram, anunciando a ressurreição aos onze e a todos os outros.
A Vigília Pascal é o acontecimento marcante porque a comunidade se reúne para celebrar a Ressurreição do Senhor - acontecimento histórico que a constitui e identifica.
Vigília Pascal celebra Cristo, o novo Adão. É a nova criação do mundo.
Cristo é o nosso Moisés que liberta o povo de todas as escravidões. Em Cristo o povo livre e peregrino, fundamentado na nova Aliança com Deus, vive a plenitude da promessa e faz a experiência da fraternidade e partilha.
O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão. Acendemos as nossas velas no Círio e saímos pelas ruas cantando a nossa ressurreição e vitória no Ressuscitado.
A Vigília Pascal lembra e renova o nosso batismo. Pelo batismo morremos e ressuscitamos com Cristo. Mergulharmos nas águas para enterrar todo pecado. Saímos da água para simbolizar que em Cristo iniciamos uma nova vida, renovada e vivida no Espírito Santo.
O momento alto desta noite é a celebração da eucaristia.Bendizemos ao Pai que ressuscitou seu Filho e nos faz participantes da sua vitória sobre a morte. Reunidos ao redor da mesa, comemos o pão partilhado e bebemos o vinho, sangue derramado, como convivas, na esperança de um dia participar para sempre na festa do Reino, que um dia será plena e nunca se acabará.
Nesta celebração pascal, acolhamos a palavra da ressurreição e deixemo-nos abençoar por esta palavra. Passando pelas águas batismais, mergulhemos na imensidão da compaixão do Pai que nos recria para um novo jeito de viver.
A Vigília Pascal nos liga e nos introduz na celebração do Domingo da ressurreição e nos move para a festa dos cinqüenta dias de festa: “Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e Nele exultemos” (Gl 118). Mas a missa da Vigília é a verdadeira missa da Domingo de Páscoa. As outras missas durante o domingo são prolongamento da Vigília e mantém o clima pascal festivo.
Tempo Pascal: a Festa da Vitória de Jesus
O tempo pascal é celebrado como um só e grande dia de festa desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes. E celebrar o tempo pascal é festejar, aqui e agora, a ressurreição de Jesus como nova vida para as pessoas, comunidades e a humanidade. É vibrar intensamente com a ressurreição de Jesus, revestidos de sua vitória sobre a morte, lembrando todos os dias, na liturgia e na oração: “Ele não está aqui, ressuscitou”(Mc 16,6), e alegrando-nos com a sua saudação: ”A paz esteja convosco! Não tenhais medo, sou eu!” (Lc 24, 36-37) e como os discípulos de Emaús, reconhecendo o Ressuscitado presente na caminhada, nos pequenos e simples gestos, na escuta da palavra da Escritura, no repartir os alimentos e nas celebrações da comunidade (cf. Lc 24, 13-35).
Na festa da Ascensão, celebramos a subida de Jesus aos céus. Ele, rejeitado pela justiça dos homens, Deus o faz sentar à sua direita, dando-lhe o poder de julgar e governar o mundo inteiro, tornado-o Senhor da história. Subindo aos céus, Ele nos envia a proclamar por toda a terra o seu Reino de vida e liberdade.
No dia de Pentecostes termina o tempo pascal e o Mistério da Páscoa de Jesus atinge a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja.
sexta-feira, 23 de março de 2012
TUTORIAL DE INSTALAÇÃO DE RELÉ AUXILIAR DE FAROL DUPLO
Este tutorial ensina como instalar um rele de farol passo a passo para por lampadas de 100 W...
Tutorial:
Aprenda a trocar a fiação e instalar um relê de farol para poder fazer uso das lâmpadas de 100W sem perigo de queima ou curto no chicote do seu carro.
Porque instalar o Relê?
As lâmpadas de 100 w, puxam aproximadamente 20A à sua plena potência, fazendo com que a chave comutadora esquente a ponto de derreter o plástico e fundir, pegar fogo ou provocar um curto-circuito.
Com a instalação do relê, você faz com que o farol puxe sua corrente diretamente da bateria, não passando pela chave comutadora, evitando assim esses riscos.
Vamos ao que interessa.
Lista de material:
- 1,5m a 2m de fio 6mm
- 2m de fio 3mm de uma cor
- 2m de fio 3mm de outra cor (para identificar farol alto e baixo)
- 1m de fio 3mm de uma terceira cor (para identificar terra)
- 1 relê de farol duplo de 150w no mínimo
- terminais para todos os fios
- parafuso para prender o relê na chapa do carro
Ferramentas:
- furadeira com broca de aço rápido
- ferro de solda + solda para soldar os terminais
- fita isolante ou fita termo-condutora (apenas para dar acabamento, nesse tipo de instalação não podemos ter nenhuma emenda de fios para não haver perda de potência)
PASSO 1
escolher o local para colocação do relê, veja a melhor posição possível. Para evitar curto, convém que o terminal que receberá os 12v diretamente da bateria fique virado para baixo para evitar que uma chave de fenda caia em cima dele fechando um curto por exemplo
PASSO 2
- trocar a fiação do terminal do farol (não adianta emendar o fio grosso no fio fino, tem que trocar tudo mesmo), usar o fio 3mm para ir do relê até os faróis.
- identifique bem qual é o terminal dos faróis alto e baixo para ligar a mesma cor nos dois faróis para não confundir depois.
- esses fios devem ter comprimento para vir do farol até o relê
- soldar terminais nas pontas dos fios que vão estar em contato com o relê e soldar os fios diretamente nos terminais da lâmpada (removendo os antigos).
Deverão vir 2 fios de cada farol, um para farol alto e outro para baixo, não há necessidade de mexer na fiação da lanterna, pode deixar a original como estiver mesmo e o terra não precisa vir até o relê, pode ser aterrado em qualquer parafuso que esteja por perto do farol mesmo (até no próprio parafuso que prende o farol) o importante é que todos os fios tenham terminal para maximizar os contatos elétricos.
PASSO 3
- soldar 2 terminais nas duas pontas do fio de 6 mm, uma ponta alimenta o relê pelo terminal de 12v, a outra vai direto ao positivo da bateria (não há necessidade de instalação de fusível pois o próprio relê tem seu sistema de proteção, só tome cuidado para não descascar o fio no decorrer do percurso pois o relê só protegerá dele para a frente).
PASSO 4
fazer as ligações no relê
- primeiro ligue os dois fios dos dois farois altos num terminal "F" do relê
- faça o mesmo, unindo os dois faróis baixos no outro terminal "F" do relê
- pegue os fios que originalmente iriam para os faróis e ligue no terminal "C" do relê (obs.: nesse caso deve-se ligar apenas o fio do farol que estiver mais próximo, será apenas um fio, pois nesse percurso elétrico não haverá grandes correntes passando por ali, será só para comandar o relê). Identifique o fio do farol alto e ligue no terminal "C" referente ao terminal "F" em que foram colocados os fios dos faróis altos e faça a mesma coisa com os faróis baixos.
- Por último ligue o 12V da bateria.
Agora é só testar.
A vantagem de se instalar o relê é que além das famosas lâmpadas de 100W, pode-se usar também as tradicionais lâmpadas de 55w.
Outra vantagem é que como vamos colocar fiação nova, é como se estivéssemos fazendo uma revisão dessa parte elétrica tão importante.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SIGNIFICADO DE COMUTADOR
s.m. Aparelho que serve para substituir uma porção do circuito elétrico por outra, ou para modificar sucessivamente as conexões de diversos circuitos; interruptor.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TUTORIAL: tutorial adj m+f (tutor+al) 1 Relativo a tutor. 2 Diz-se de ensino exercido por tutor.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
terça-feira, 20 de março de 2012
ROTEIRO HOMILÉTICO DO 5.º DA QUARESMA - 25/03/12 - ANO B
Q1205: "Queremos ver Jesus"
FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/
A Liturgia desse domingo deseja preparar os cristãos
para os acontecimentos da Páscoa, que se aproxima:
a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
As leituras bíblicas nos ajudam neste sentido...
Na 1a Leitura Deus propõe uma NOVA ALIANÇA. (Jr 31, 31-34)
É um dos trechos mais importantes do Antigo Testamento.
Deus tinha feito uma ALIANÇA no Sinai,
entregando a Moisés mandamentos escritos em pedra...
O povo aderiu à aliança, contudo mais com a boca, do que com o coração.
O povo nunca interiorizou devidamente e muitas vezes foi infiel...
Por isso, o profeta Jeremias anunciou uma NOVA ALIANÇA,
cujos mandamentos serão gravados no coração:
"Porei minha lei em sua alma, escreverei em seu coração.
Então eu serei seu Deus e ele será meu Povo".
A Aliança é renovada pelo Senhor, que perdoa e restaura.
* Nós também somos Povo da Nova Aliança,
cujos mandamentos devem estar inscritos em nosso coração.
A Quaresma é o tempo de renovação da Aliança, iniciada no Batismo e
rompida tantas vezes pela nossa fraqueza e infidelidade.
A 2ª Leitura afirma que essa nova Aliança, plena e definitiva,
se realiza em Jesus Cristo, em perfeita obediência ao Pai. (Hb 5,7-9)
O Evangelho nos convida a olhar Jesus, que selou a Nova Aliança
com o próprio sangue na Cruz. (Jo 12,20-33)
- Um grupo de gregos, que estavam em Jerusalém para celebrar a Páscoa,
pedem: "Queremos ver Jesus!" , isto é, conhecê-lo em profundidade.
- Não se dirigem diretamente a Jesus, mas aos discípulos.
Servem-se de dois mediadores: Felipe e André…
- Jesus SE FAZ VER através de uma imagem: o GRÃO de TRIGO.
A sua "glória" passa pela experiência do grão:
"Se o grão, que cai na terra, morre, produzirá muito fruto".
A fecundidade da vida se manifesta na morte.
Jesus vai morrer e nascerá a Igreja universal...
Assim foi para Jesus, assim será para cada um de nós.
Para conhecer Jesus:
- Devem MORRER as seguranças humanas, o apego à própria vida
e à sabedoria humana (que os gregos valorizavam tanto)...
- Deve MORRER tudo o que nos afasta do projeto de Jesus,
que veio para que todos tenham vida em abundância.
* Precisamos morrer para conhecer.
- E aponta o caminho para vê-lo: a CRUZ.
"Quando eu for elevado da terra (na cruz), atrairei todos a mim."
* É o caminho para todo o discipulado...
+ "Queremos ver Jesus"
Esse pedido dos gregos é uma linda proposta de vida para todos nós.
É anseio de todos nós. Todos nós queremos ver Jesus.
O Documento de Aparecida nos lembra que "o início do cristianismo
é um encontro de fé com a pessoa de Jesus Cristo" (DA 243).
"A própria natureza do cristianismo consiste em reconhecer a presença
de Jesus Cristo e segui-lo" (244).
Mas onde, quando, como encontrá-lo?
O Documento mostra uns lugares de encontro com Jesus Cristo:
- "O encontro com Cristo realiza-se na fé recebida e vivida na IGREJA". (246)
- Encontramos Jesus na SAGRADA ESCRITURA, lida na Igreja...
É indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus" (347).
-Encontramos Jesus Cristo na SAGRADA LITURGIA... a Eucaristia é
o lugar privilegiado do encontro do Discípulo com Jesus Cristo" (250-251).
A celebração eucarística dominical é uma necessidade interior do cristão,
da família cristã e da comunidade paroquial" (252).
- O sacramento da Reconciliação é o encontro com o Cristo que perdoa (254).
- A ORAÇÃO pessoal e comunitária cultiva a amizade com Cristo (255).
- "Jesus está presente em meio a uma COMUNIDADE viva
na fé e no amor fraterno" (256).
- Também o encontramos nos pobres, aflitos e enfermos... (257).
- "Encontramos também na Piedade popular..." (258)
"Queremos ver Jesus" significa acolher a sua pessoa com alegria,
por ser o centro e a motivação mais forte da própria existência,
e a garantia que não se apaga.
+ "Senhor, queremos ver Jesus!"
Faze, Senhor, que teus discípulos reconheçam
o teu rosto no rosto dos pobres.
Dá olhos para ver os caminhos da justiça e da solidariedade;
dá ouvidos para escutar os pedidos de salvação e saúde;
enriquece seus corações de fidelidade generosa e compreensão
para que se façam companheiros de caminhada e
testemunhas verdadeiros e sinceros da glória,
que resplandece no crucificado, ressuscitado e vitorioso.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 25-03.2012
FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/
A Liturgia desse domingo deseja preparar os cristãos
para os acontecimentos da Páscoa, que se aproxima:
a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
As leituras bíblicas nos ajudam neste sentido...
Na 1a Leitura Deus propõe uma NOVA ALIANÇA. (Jr 31, 31-34)
É um dos trechos mais importantes do Antigo Testamento.
Deus tinha feito uma ALIANÇA no Sinai,
entregando a Moisés mandamentos escritos em pedra...
O povo aderiu à aliança, contudo mais com a boca, do que com o coração.
O povo nunca interiorizou devidamente e muitas vezes foi infiel...
Por isso, o profeta Jeremias anunciou uma NOVA ALIANÇA,
cujos mandamentos serão gravados no coração:
"Porei minha lei em sua alma, escreverei em seu coração.
Então eu serei seu Deus e ele será meu Povo".
A Aliança é renovada pelo Senhor, que perdoa e restaura.
* Nós também somos Povo da Nova Aliança,
cujos mandamentos devem estar inscritos em nosso coração.
A Quaresma é o tempo de renovação da Aliança, iniciada no Batismo e
rompida tantas vezes pela nossa fraqueza e infidelidade.
A 2ª Leitura afirma que essa nova Aliança, plena e definitiva,
se realiza em Jesus Cristo, em perfeita obediência ao Pai. (Hb 5,7-9)
O Evangelho nos convida a olhar Jesus, que selou a Nova Aliança
com o próprio sangue na Cruz. (Jo 12,20-33)
- Um grupo de gregos, que estavam em Jerusalém para celebrar a Páscoa,
pedem: "Queremos ver Jesus!" , isto é, conhecê-lo em profundidade.
- Não se dirigem diretamente a Jesus, mas aos discípulos.
Servem-se de dois mediadores: Felipe e André…
- Jesus SE FAZ VER através de uma imagem: o GRÃO de TRIGO.
A sua "glória" passa pela experiência do grão:
"Se o grão, que cai na terra, morre, produzirá muito fruto".
A fecundidade da vida se manifesta na morte.
Jesus vai morrer e nascerá a Igreja universal...
Assim foi para Jesus, assim será para cada um de nós.
Para conhecer Jesus:
- Devem MORRER as seguranças humanas, o apego à própria vida
e à sabedoria humana (que os gregos valorizavam tanto)...
- Deve MORRER tudo o que nos afasta do projeto de Jesus,
que veio para que todos tenham vida em abundância.
* Precisamos morrer para conhecer.
- E aponta o caminho para vê-lo: a CRUZ.
"Quando eu for elevado da terra (na cruz), atrairei todos a mim."
* É o caminho para todo o discipulado...
+ "Queremos ver Jesus"
Esse pedido dos gregos é uma linda proposta de vida para todos nós.
É anseio de todos nós. Todos nós queremos ver Jesus.
O Documento de Aparecida nos lembra que "o início do cristianismo
é um encontro de fé com a pessoa de Jesus Cristo" (DA 243).
"A própria natureza do cristianismo consiste em reconhecer a presença
de Jesus Cristo e segui-lo" (244).
Mas onde, quando, como encontrá-lo?
O Documento mostra uns lugares de encontro com Jesus Cristo:
- "O encontro com Cristo realiza-se na fé recebida e vivida na IGREJA". (246)
- Encontramos Jesus na SAGRADA ESCRITURA, lida na Igreja...
É indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus" (347).
-Encontramos Jesus Cristo na SAGRADA LITURGIA... a Eucaristia é
o lugar privilegiado do encontro do Discípulo com Jesus Cristo" (250-251).
A celebração eucarística dominical é uma necessidade interior do cristão,
da família cristã e da comunidade paroquial" (252).
- O sacramento da Reconciliação é o encontro com o Cristo que perdoa (254).
- A ORAÇÃO pessoal e comunitária cultiva a amizade com Cristo (255).
- "Jesus está presente em meio a uma COMUNIDADE viva
na fé e no amor fraterno" (256).
- Também o encontramos nos pobres, aflitos e enfermos... (257).
- "Encontramos também na Piedade popular..." (258)
"Queremos ver Jesus" significa acolher a sua pessoa com alegria,
por ser o centro e a motivação mais forte da própria existência,
e a garantia que não se apaga.
+ "Senhor, queremos ver Jesus!"
Faze, Senhor, que teus discípulos reconheçam
o teu rosto no rosto dos pobres.
Dá olhos para ver os caminhos da justiça e da solidariedade;
dá ouvidos para escutar os pedidos de salvação e saúde;
enriquece seus corações de fidelidade generosa e compreensão
para que se façam companheiros de caminhada e
testemunhas verdadeiros e sinceros da glória,
que resplandece no crucificado, ressuscitado e vitorioso.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 25-03.2012
domingo, 18 de março de 2012
PEQUENO MANUAL DO CATÓLICO
A Missa e outras obrigações
O Santo Sacrifício da Missa
1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.
2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.
3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.
4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia consagrada.
5) Essa presença de Jesus na hóstia consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
6) A Igreja católica dá um nome especial a esta transformação?
Sim, a Igreja definiu o termo de “transubstanciação” como sendo o único capaz de exprimir o milagre que se opera na transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.
7) Porque dizemos que a Missa é um sacrifício eficaz?
Por que pela presença real de Jesus nós recebemos não apenas a graça sacramental da Eucaristia, mas o autor mesmo da graça, Jesus Cristo, nosso Deus, a quem adoramos de joelhos. A presença real de Jesus é a maior graça que uma alma pode receber nesta vida.
8) De que modo podemos receber Jesus na Eucaristia?
Pela Santa Comunhão. Sendo um sinal sensível do sacrifício de Cristo, quando comungamos, recebemos Jesus como alimento de nossas almas. Ele vem ao nosso coração de um modo muito real e eficaz.
9) Como podemos nos preparar para receber Jesus no coração?
Antes de tudo, uma boa confissão, um arrependimento sincero dos nossos pecados. Devemos também viver sempre na presença de Deus, consagrando nosso dia a Ele, desde o levantar e agradecendo sempre as graças recebidas ao deitar. Na Santa Missa, estar atento ao que acontece no altar, de preferência seguindo o texto mesmo da missa no missal.
10) Existe algum momento da missa que seja mais importante do que outros?
O mais importante momento da missa é a Consagração. Assim que foram ditas as palavras da forma sacramental, o padre eleva a hóstia e o cálice para serem vistos pelos fiéis. Todos devem estar de joelhos, compenetrados, silenciosos e em adoração.
11) Existe algum outro momento em que devemos estar de joelhos obrigatoriamente?
Sim. Quando o sacrário está aberto, quando a comunhão é distribuída aos fiéis, quando o padre dá a bênção final.
Leia mais sobre o Santo Sacrifício da Missa.
O templo de Deus
A Igreja é a casa de Deus. Lugar de oração, lugar de silêncio. Nela, nada de profano deve entrar. Toda a vida de uma igreja gira em torno das coisas de Deus, principalmente do seu culto, do seu louvor, do seu sacrifício.
12) Qual é a parte principal de uma igreja?
É o altar. Ele é o centro e a razão de ser da igreja. Todo altar é de pedra, pois é sobre a pedra que se realiza um sacrifício. No Antigo Testamento vemos diversos exemplos de sacrifícios oferecidos sobre altares de pedra. Noé, quando sai da arca; Abraão quando vai sacrificar Isaac; Jacó quando acorda do sonho etc.
A Igreja mantém este costume. Mas o sacrifício oferecido já não é apenas figurativo do verdadeiro sacrifício, como no Antigo Testamento, mas o próprio sacrifício por excelência, o único agradável a Deus, o sacrifício de seu Filho.
13) Qual a primeira coisa que devemos fazer ao entrar numa igreja?
Molhando os dedos na água benta, fazemos o Sinal da Cruz. Caminhamos até o lugar em que vamos rezar, fazemos a genuflexão e nos ajoelhamos para rezar.
14) O que é uma genuflexão?
É um ato de adoração pelo qual dobramos nosso joelho direito até tocar o solo e voltamos à posição normal.
15) Em que momento devemos fazer a genuflexão?
Quando entramos na igreja, antes de sair da igreja e cada vez que passamos na frente do sacrário.
16) Existe algum outro tipo de genuflexão?
Sim. Devemos genuflectir com os dois joelhos sempre que o Sacrário estiver aberto, ou que um padre estiver elevando a hóstia na consagração de uma missa e que entrarmos nessa hora na igreja, ou ainda se o padre estiver distribuindo a comunhão. Também devemos fazer esta genuflexão com os dois joelhos quando o Santíssimo Sacramento estiver exposto na Custódia, para nossa adoração.
17) Como se faz esta genuflexão com os dois joelhos?
Devemos nos por de joelhos completamente, fazer uma leve inclinação com a cabeça e nos levantar-mos em seguida.
18) Além da água benta, da genuflexão e da oração, o que mais se pede quando se entra numa igreja?
Devemos estar vestidos corretamente, sem bermudas ou shorts, sem chinelos mas bem calçados, sem camisetas de alça, mas com camisas de mangas. Os homens e rapazes devem evitar as blusas com desenhos espalhafatosos, de esportes e coisas parecidas. As mulheres não podem entrar numa igreja com os ombros descobertos, sem mangas ou com mini-saias.
19) É obrigatório para as mulheres o uso do véu?
Desde São Paulo até bem pouco tempo sempre foi pedido às mulheres que cobrissem a cabeça dentro da Igreja. Esse é o costume que mantemos em nossas igrejas. Não somente porque está assim na Bíblia, mas também porque isso favorece o recolhimento e a oração.
20) Porque as mulheres devem vir à igreja de saias?
Porque as calças compridas dão a elas um ar menos feminino, diminuindo a distinção entre os sexos e favorecendo uma atitude menos recatada. Também por isso a saia deve ser abaixo do joelho. Estes são os critérios para as vestimentas em nossas capelas e isso tem mantido um ambiente muito bom, próprio para a oração.
21) Como podemos saber que a Sagrada Hóstia está presente no Sacrário?
O principal sinal da presença do Santíssimo é o véu que cobre o Sacrário. Este véu se chama “conopeu” e costuma ter a cor dos paramentos do dia. Além do conopeu, deve sempre haver uma lamparina acesa perto do Sacrário.
22) Se o Sacrário estiver vazio, devemos fazer a genuflexão?
Não. Diante do Sacrário vazio fazemos apenas uma profunda inclinação ao altar e ao Crucifixo. Neste caso a lamparina deve estar apagada e o conopeu levantado ou ausente.
A Missa vai começar
23) Em que momento devemos entrar na igreja para o início da Missa?
Devemos chegar sempre alguns minutos antes para nos recolhermos na oração, preparar o missal e, sendo necessário, nos confessarmos para poder comungar.
24) É permitido chegar atrasado na Missa?
Não é permitido chegar atrasado porque seria uma falta de respeito para com Deus, além de evidente prejuízo espiritual para as almas.
25) Existe alguma ordem formal da Igreja sobre isso?
Sim, um dos mandamentos da Igreja diz: assistir missa completa todos os domingos.
26) E se acontecer algum imprevisto no meio do caminho?
A Igreja tolera pequenos atrasos não culposos. Por isso ela considera que, chegando na missa dominical (ou festa de preceito) até o Evangelho, pode-se ainda comungar. É preciso, no entanto, evitar sempre o atraso. O prejuízo é muito grande quando se perde as leituras e o sermão da missa.
27) Qual o melhor lugar para se assistir à missa?
Em princípio qualquer banco da igreja deveria servir para a boa assistência. Na prática, constata-se que as pessoas que ficam no fundo têm a tendência a se dispersar, se distrair, conversar, fazer sinais aos vizinhos, chamando a atenção para coisas que distraem do essencial. Evidentemente estes costumes são prejudiciais para as almas e podem chegar a ser pecado.
28) Qual o melhor modo de se assistir à Missa?
Usando o missal Latim-Português podemos acompanhar as belíssimas orações que a Igreja reza durante o Santo Sacrifício. Com o missal, também podemos acompanhar melhor os gestos e ritos que são explicados passo a passo.
29) Existe um modo de se entender melhor as diversas orações que compõem uma missa?
Uma divisão lógica dos textos pode ajudar a se localizar:
Devemos antes de tudo distinguir entre
Ordinário da Missa: são as orações fixas que se rezam em todas as missas
Próprio da Missa: são as orações daquele dia em particular.
No Próprio de toda missa existem:
- 3 antífonas : Intróito, Ofertório e Comunhão – As antífonas são pequenos textos que introduzem um salmo. Na missa, os salmos que seguem estas 3 antífonas ficam reduzidos a um versículo, como podemos ver no missal.
- 3 orações: Coleta, Secreta e Pós-comunhão – A Coleta é a oração sobre os fiéis, nossas necessidades espirituais. A Secreta é a oração sobre as secretas, termo antigo que designava o pão e vinho separados no Ofertório para serem consagrados. A pós-comunhão é a oração de ação de graças pelo alimento sacramental que acabamos de receber.
- 2 leituras, Epístola e Evangelho. Entre as duas curtas meditações que variam de acordo com a época do Ano Litúrgico: Gradual, Aleluia, Trato.
30) Existe ainda outras divisões que possam ajudar a assistir à Missa?
Sim. Considerando a missa de modo cronológico, podemos distinguir três partes.
31) Como se chama a primeira parte da missa?
Chama-se Missa dos Catecúmenos. Assim chamada porque, sendo formada pela parte penitencial e de instrução, era assistida também pelas pessoas que se preparavam para o batismo (os catecúmenos). Estes deviam deixar a igreja após o Credo. Os Santos Mistérios só podiam ser assistidos pelos batizados. Já não se tem este costume, mas o nome permanece. Também se chama a esta parte de Ante-missa.
32) Quais as orações da Missa dos Catecúmenos?
Orações ao pé do altar, com o Salmo Judica me (42) e o Confiteor.
Intróito, Coleta e a parte da Instrução: epístola, evangelho, sermão e o Credo, que é a profissão de fé católica.
33) Qual a segunda parte da Missa?
É a Missa dos Fiéis. Na antiguidade, todos os que, já sendo batizados e tendo podido confessar-se, estavam aptos para assistir o Santo Sacrifício e comungar.
34) Quais as orações ou partes da Missa dos Fiéis?
Ofertório, com o oferecimento do pão e do vinho que serão consagrados
Prefácio, longo canto que exprime o mistério da missa do dia.
Cânon, parte central da Missa. São as mais belas orações que o padre reza em silêncio e que têm seu ápice na Consagração.
Pai Nosso, rezado apenas pelo celebrante porque este ocupa o lugar de Cristo, que o rezou sozinho para ensinar aos Apóstolos
Comunhão
Orações finais
35) Qual a posição que devemos adotar ao longo da missa?
De joelhos:
- orações ao pé do altar até o final do Kyrie (nas missas de roxo ou preto até o fim da Coleta)
- do final do Sanctus até antes do Pai Nosso
- do Agnus Dei, durante toda a comunhão, até que o padre venha rezar a antífona da comunhão
- na bênção final
De pé:
- no Glória
- no Evangelho
- no Orate Fratres até o fim do Sanctus
- no Pai-Nosso até o Agnus Dei
- na antífona da comunhão até o fim do Ite Missa Est.
- no último Evangelho
Sentado:
- durante a Epístola até que o padre entoe o Evangelho
- durante o ofertório até que o padre entoe o Orate Fratres
- é permitido, mas não recomendado, sentar-se após o sacrário ser fechado, depois da comunhão (nunca se sentar durante a distribuição da comunhão ou com o sacrário aberto).
Seria uma falta não estar de joelhos: (salvo doença)
- na consagração
- a partir do Ecce Agnus Dei, quando o padre mostra a hóstia, até que o Sacrário seja fechado
- na bênção final
36) O que se deve fazer após a comunhão?
Quando nos levantamos da mesa de comunhão, carregamos Jesus no coração. Toda nossa atenção deve estar voltada ao hóspede divino que nos vem visitar com tanto amor e misericórdia. Uma atitude compenetrada, o olhar voltado para baixo, silêncio na alma e no corpo. Chegando ao nosso lugar, ficamos de joelhos, procuramos fechar os olhos e rezar em silêncio, saboreando este encontro sublime com Nosso Salvador. Podemos também, para ajudar a concentração, rezar as orações tradicionais de “ação de graças”, como se encontram no próprio missal ou nos livros de oração.
37) Quando o padre sai da igreja, no final da missa, devemos sair também?
Quanto vale um só instante com Jesus presente em nós? Vale a pena prolongar nossas orações e nosso silêncio, principalmente se considerarmos que durante a semana, são raros os momentos de silêncio e oração. Fiquemos alguns instantes com Jesus em ação de graças, após a Santa Missa. O padre também volta à igreja para rezar sua ação de graças. Procuremos não impedi-lo, com nossas necessidades, de fazer sua ação de graças.
O uso do missal
38) Como podemos nos localizar melhor quando seguimos a missa no missal?
- O Ordinário da Missa fica no meio do missal. Ponha um marcador reservado para o Ordinário. É a parte fixa que se reza em todas as missas.
- Temporal : Toda a parte que precede o Ordinário é chamado de Temporal (missas próprias para o tempo): engloba todas as missas dos domingos ao longo do ano além de algumas outras missas que podem cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus Cristo: Natal, Epifania e outras. Ponha um marcador reservado também para esta parte
- Santoral : Logo depois do Ordinário vem o Santoral. Missas dos Santos. Dividido em duas partes:
- Comum dos Santos – são missas indicadas para diversos santos : comum dos confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página quando se deve usar a missa do comum. Ponha um marcador par o Comum dos santos.
- Próprio dos Santos – são as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. Ponha um marcador para o próprio dos santos.
- Missas votivas – São missas que rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa indicada naquele dia.
- Missa dos defuntos – todas as orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus pelos nossos parentes e amigos.
- Manual de orações – muitas orações, ladainhas, consagrações, hinos, cânticos se encontram ainda no fim do missal. Não deixe de conhecer profundamente todas elas.
Outras obrigações dos fiéis
39) Além da assistência à Santa Missa, o que mais é pedido aos fiéis?
A Santa Igreja em sua sabedoria e para o bem de nossas almas, maior glória de Deus e para nossa salvação, pede ainda outras obrigações, que devemos procurar realizar com espírito de obediência e amor por Deus Nosso Senhor. São os chamados “Mandamentos da Igreja”.
40) Quais são esses Mandamentos?
São cinco:
- Assistir a missa inteira aos domingos e dias Santos de Guarda
- Confessar-se uma vez por ano pelo menos
- Comungar por ocasião da Páscoa
- Fazer jejum e abstinência nos dias prescritos
- Dar o dízimo segundo o costume
41) Porque a Igreja nos obriga a confessar e comungar na Páscoa?
Sendo a mais importante festa do Ano Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, a Igreja considera que todos os católicos devem realizar este mínimo de amor por Jesus Sacramentado. Não significa que esta comuhão seja suficiente. O ideal seria que comungássemos todos os domingos. Mas a obrigação da comunhão pascal nos impele a fazer um bom exame de consciência. Quantas pessoas receberam a graça da conversão devido à confissão para a comunhão pascal.
42) Quais os dias Santos de Guarda?
Na Igreja Universal são dias santos de Guarda:
- Oitava de Natal (1º de janeiro)
- Epifania (6 de janeiro)
- São José (19 de março)
- Ascensão de Nosso Senhor
- Corpus Christi
- São Pedro e São Paulo (29 de junho)
- Assunção de N. Senhora (15 de agosto)
- Todos os Santos (1º de novembro)
- N. Sra da Conceição (8 de dezembro)
Em cada país a legislação muda quanto aos dias feriados. Todos os católicos devem fazer um esforço para ir à Santa Missa nos dias santos de Guarda quando não for feriado.
43) Quais os dias de jejum obrigatório?
Atualmente, apenas na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Mas o espírito da Quaresma nos move a jejuar com maior frequência, mesmo não sendo de obrigação. Leia mais sobre o jejum e a abstinência
44) Ainda é de rigor a abstinência de carne nas sextas-feiras?
Sim. Toda sexta-feira do ano devemos nos abster de comer carne (podemos comer peixe), em honra e em memória das dores da Paixão de Cristo.
45) Porque existe a obrigação do dízimo?
Os padres não recebem salários, mas se dedicam em tempo integral às almas. Vivem atentos a todas as necessidades espirituais, e muitas vezes, às necessidades materiais dos seus fiéis. Nada mais justo que as famílias prevejam a subsistência do seu padre.
46) Como se paga o dízimo em nossas Capelas?
Cada família costuma deixar no início do mês uma quantia para este fim. Ela varia de acordo com as possibilidades de cada. Mas todos devem estar atentos para não faltar, de modo a cumprir esta grave obrigação que a Igreja nos impõe, em nome da Caridade e que não deixa de reverter-se para o bem dos próprios fiéis.
A Missa e outras obrigações
O Santo Sacrifício da Missa
1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.
2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.
3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.
4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia consagrada.
5) Essa presença de Jesus na hóstia consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
6) A Igreja católica dá um nome especial a esta transformação?
Sim, a Igreja definiu o termo de “transubstanciação” como sendo o único capaz de exprimir o milagre que se opera na transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.
7) Porque dizemos que a Missa é um sacrifício eficaz?
Por que pela presença real de Jesus nós recebemos não apenas a graça sacramental da Eucaristia, mas o autor mesmo da graça, Jesus Cristo, nosso Deus, a quem adoramos de joelhos. A presença real de Jesus é a maior graça que uma alma pode receber nesta vida.
8) De que modo podemos receber Jesus na Eucaristia?
Pela Santa Comunhão. Sendo um sinal sensível do sacrifício de Cristo, quando comungamos, recebemos Jesus como alimento de nossas almas. Ele vem ao nosso coração de um modo muito real e eficaz.
9) Como podemos nos preparar para receber Jesus no coração?
Antes de tudo, uma boa confissão, um arrependimento sincero dos nossos pecados. Devemos também viver sempre na presença de Deus, consagrando nosso dia a Ele, desde o levantar e agradecendo sempre as graças recebidas ao deitar. Na Santa Missa, estar atento ao que acontece no altar, de preferência seguindo o texto mesmo da missa no missal.
10) Existe algum momento da missa que seja mais importante do que outros?
O mais importante momento da missa é a Consagração. Assim que foram ditas as palavras da forma sacramental, o padre eleva a hóstia e o cálice para serem vistos pelos fiéis. Todos devem estar de joelhos, compenetrados, silenciosos e em adoração.
11) Existe algum outro momento em que devemos estar de joelhos obrigatoriamente?
Sim. Quando o sacrário está aberto, quando a comunhão é distribuída aos fiéis, quando o padre dá a bênção final.
Leia mais sobre o Santo Sacrifício da Missa.
O templo de Deus
A Igreja é a casa de Deus. Lugar de oração, lugar de silêncio. Nela, nada de profano deve entrar. Toda a vida de uma igreja gira em torno das coisas de Deus, principalmente do seu culto, do seu louvor, do seu sacrifício.
12) Qual é a parte principal de uma igreja?
É o altar. Ele é o centro e a razão de ser da igreja. Todo altar é de pedra, pois é sobre a pedra que se realiza um sacrifício. No Antigo Testamento vemos diversos exemplos de sacrifícios oferecidos sobre altares de pedra. Noé, quando sai da arca; Abraão quando vai sacrificar Isaac; Jacó quando acorda do sonho etc.
A Igreja mantém este costume. Mas o sacrifício oferecido já não é apenas figurativo do verdadeiro sacrifício, como no Antigo Testamento, mas o próprio sacrifício por excelência, o único agradável a Deus, o sacrifício de seu Filho.
13) Qual a primeira coisa que devemos fazer ao entrar numa igreja?
Molhando os dedos na água benta, fazemos o Sinal da Cruz. Caminhamos até o lugar em que vamos rezar, fazemos a genuflexão e nos ajoelhamos para rezar.
14) O que é uma genuflexão?
É um ato de adoração pelo qual dobramos nosso joelho direito até tocar o solo e voltamos à posição normal.
15) Em que momento devemos fazer a genuflexão?
Quando entramos na igreja, antes de sair da igreja e cada vez que passamos na frente do sacrário.
16) Existe algum outro tipo de genuflexão?
Sim. Devemos genuflectir com os dois joelhos sempre que o Sacrário estiver aberto, ou que um padre estiver elevando a hóstia na consagração de uma missa e que entrarmos nessa hora na igreja, ou ainda se o padre estiver distribuindo a comunhão. Também devemos fazer esta genuflexão com os dois joelhos quando o Santíssimo Sacramento estiver exposto na Custódia, para nossa adoração.
17) Como se faz esta genuflexão com os dois joelhos?
Devemos nos por de joelhos completamente, fazer uma leve inclinação com a cabeça e nos levantar-mos em seguida.
18) Além da água benta, da genuflexão e da oração, o que mais se pede quando se entra numa igreja?
Devemos estar vestidos corretamente, sem bermudas ou shorts, sem chinelos mas bem calçados, sem camisetas de alça, mas com camisas de mangas. Os homens e rapazes devem evitar as blusas com desenhos espalhafatosos, de esportes e coisas parecidas. As mulheres não podem entrar numa igreja com os ombros descobertos, sem mangas ou com mini-saias.
19) É obrigatório para as mulheres o uso do véu?
Desde São Paulo até bem pouco tempo sempre foi pedido às mulheres que cobrissem a cabeça dentro da Igreja. Esse é o costume que mantemos em nossas igrejas. Não somente porque está assim na Bíblia, mas também porque isso favorece o recolhimento e a oração.
20) Porque as mulheres devem vir à igreja de saias?
Porque as calças compridas dão a elas um ar menos feminino, diminuindo a distinção entre os sexos e favorecendo uma atitude menos recatada. Também por isso a saia deve ser abaixo do joelho. Estes são os critérios para as vestimentas em nossas capelas e isso tem mantido um ambiente muito bom, próprio para a oração.
21) Como podemos saber que a Sagrada Hóstia está presente no Sacrário?
O principal sinal da presença do Santíssimo é o véu que cobre o Sacrário. Este véu se chama “conopeu” e costuma ter a cor dos paramentos do dia. Além do conopeu, deve sempre haver uma lamparina acesa perto do Sacrário.
22) Se o Sacrário estiver vazio, devemos fazer a genuflexão?
Não. Diante do Sacrário vazio fazemos apenas uma profunda inclinação ao altar e ao Crucifixo. Neste caso a lamparina deve estar apagada e o conopeu levantado ou ausente.
A Missa vai começar
23) Em que momento devemos entrar na igreja para o início da Missa?
Devemos chegar sempre alguns minutos antes para nos recolhermos na oração, preparar o missal e, sendo necessário, nos confessarmos para poder comungar.
24) É permitido chegar atrasado na Missa?
Não é permitido chegar atrasado porque seria uma falta de respeito para com Deus, além de evidente prejuízo espiritual para as almas.
25) Existe alguma ordem formal da Igreja sobre isso?
Sim, um dos mandamentos da Igreja diz: assistir missa completa todos os domingos.
26) E se acontecer algum imprevisto no meio do caminho?
A Igreja tolera pequenos atrasos não culposos. Por isso ela considera que, chegando na missa dominical (ou festa de preceito) até o Evangelho, pode-se ainda comungar. É preciso, no entanto, evitar sempre o atraso. O prejuízo é muito grande quando se perde as leituras e o sermão da missa.
27) Qual o melhor lugar para se assistir à missa?
Em princípio qualquer banco da igreja deveria servir para a boa assistência. Na prática, constata-se que as pessoas que ficam no fundo têm a tendência a se dispersar, se distrair, conversar, fazer sinais aos vizinhos, chamando a atenção para coisas que distraem do essencial. Evidentemente estes costumes são prejudiciais para as almas e podem chegar a ser pecado.
28) Qual o melhor modo de se assistir à Missa?
Usando o missal Latim-Português podemos acompanhar as belíssimas orações que a Igreja reza durante o Santo Sacrifício. Com o missal, também podemos acompanhar melhor os gestos e ritos que são explicados passo a passo.
29) Existe um modo de se entender melhor as diversas orações que compõem uma missa?
Uma divisão lógica dos textos pode ajudar a se localizar:
Devemos antes de tudo distinguir entre
Ordinário da Missa: são as orações fixas que se rezam em todas as missas
Próprio da Missa: são as orações daquele dia em particular.
No Próprio de toda missa existem:
- 3 antífonas : Intróito, Ofertório e Comunhão – As antífonas são pequenos textos que introduzem um salmo. Na missa, os salmos que seguem estas 3 antífonas ficam reduzidos a um versículo, como podemos ver no missal.
- 3 orações: Coleta, Secreta e Pós-comunhão – A Coleta é a oração sobre os fiéis, nossas necessidades espirituais. A Secreta é a oração sobre as secretas, termo antigo que designava o pão e vinho separados no Ofertório para serem consagrados. A pós-comunhão é a oração de ação de graças pelo alimento sacramental que acabamos de receber.
- 2 leituras, Epístola e Evangelho. Entre as duas curtas meditações que variam de acordo com a época do Ano Litúrgico: Gradual, Aleluia, Trato.
30) Existe ainda outras divisões que possam ajudar a assistir à Missa?
Sim. Considerando a missa de modo cronológico, podemos distinguir três partes.
31) Como se chama a primeira parte da missa?
Chama-se Missa dos Catecúmenos. Assim chamada porque, sendo formada pela parte penitencial e de instrução, era assistida também pelas pessoas que se preparavam para o batismo (os catecúmenos). Estes deviam deixar a igreja após o Credo. Os Santos Mistérios só podiam ser assistidos pelos batizados. Já não se tem este costume, mas o nome permanece. Também se chama a esta parte de Ante-missa.
32) Quais as orações da Missa dos Catecúmenos?
Orações ao pé do altar, com o Salmo Judica me (42) e o Confiteor.
Intróito, Coleta e a parte da Instrução: epístola, evangelho, sermão e o Credo, que é a profissão de fé católica.
33) Qual a segunda parte da Missa?
É a Missa dos Fiéis. Na antiguidade, todos os que, já sendo batizados e tendo podido confessar-se, estavam aptos para assistir o Santo Sacrifício e comungar.
34) Quais as orações ou partes da Missa dos Fiéis?
Ofertório, com o oferecimento do pão e do vinho que serão consagrados
Prefácio, longo canto que exprime o mistério da missa do dia.
Cânon, parte central da Missa. São as mais belas orações que o padre reza em silêncio e que têm seu ápice na Consagração.
Pai Nosso, rezado apenas pelo celebrante porque este ocupa o lugar de Cristo, que o rezou sozinho para ensinar aos Apóstolos
Comunhão
Orações finais
35) Qual a posição que devemos adotar ao longo da missa?
De joelhos:
- orações ao pé do altar até o final do Kyrie (nas missas de roxo ou preto até o fim da Coleta)
- do final do Sanctus até antes do Pai Nosso
- do Agnus Dei, durante toda a comunhão, até que o padre venha rezar a antífona da comunhão
- na bênção final
De pé:
- no Glória
- no Evangelho
- no Orate Fratres até o fim do Sanctus
- no Pai-Nosso até o Agnus Dei
- na antífona da comunhão até o fim do Ite Missa Est.
- no último Evangelho
Sentado:
- durante a Epístola até que o padre entoe o Evangelho
- durante o ofertório até que o padre entoe o Orate Fratres
- é permitido, mas não recomendado, sentar-se após o sacrário ser fechado, depois da comunhão (nunca se sentar durante a distribuição da comunhão ou com o sacrário aberto).
Seria uma falta não estar de joelhos: (salvo doença)
- na consagração
- a partir do Ecce Agnus Dei, quando o padre mostra a hóstia, até que o Sacrário seja fechado
- na bênção final
36) O que se deve fazer após a comunhão?
Quando nos levantamos da mesa de comunhão, carregamos Jesus no coração. Toda nossa atenção deve estar voltada ao hóspede divino que nos vem visitar com tanto amor e misericórdia. Uma atitude compenetrada, o olhar voltado para baixo, silêncio na alma e no corpo. Chegando ao nosso lugar, ficamos de joelhos, procuramos fechar os olhos e rezar em silêncio, saboreando este encontro sublime com Nosso Salvador. Podemos também, para ajudar a concentração, rezar as orações tradicionais de “ação de graças”, como se encontram no próprio missal ou nos livros de oração.
37) Quando o padre sai da igreja, no final da missa, devemos sair também?
Quanto vale um só instante com Jesus presente em nós? Vale a pena prolongar nossas orações e nosso silêncio, principalmente se considerarmos que durante a semana, são raros os momentos de silêncio e oração. Fiquemos alguns instantes com Jesus em ação de graças, após a Santa Missa. O padre também volta à igreja para rezar sua ação de graças. Procuremos não impedi-lo, com nossas necessidades, de fazer sua ação de graças.
O uso do missal
38) Como podemos nos localizar melhor quando seguimos a missa no missal?
- O Ordinário da Missa fica no meio do missal. Ponha um marcador reservado para o Ordinário. É a parte fixa que se reza em todas as missas.
- Temporal : Toda a parte que precede o Ordinário é chamado de Temporal (missas próprias para o tempo): engloba todas as missas dos domingos ao longo do ano além de algumas outras missas que podem cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus Cristo: Natal, Epifania e outras. Ponha um marcador reservado também para esta parte
- Santoral : Logo depois do Ordinário vem o Santoral. Missas dos Santos. Dividido em duas partes:
- Comum dos Santos – são missas indicadas para diversos santos : comum dos confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página quando se deve usar a missa do comum. Ponha um marcador par o Comum dos santos.
- Próprio dos Santos – são as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. Ponha um marcador para o próprio dos santos.
- Missas votivas – São missas que rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa indicada naquele dia.
- Missa dos defuntos – todas as orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus pelos nossos parentes e amigos.
- Manual de orações – muitas orações, ladainhas, consagrações, hinos, cânticos se encontram ainda no fim do missal. Não deixe de conhecer profundamente todas elas.
Outras obrigações dos fiéis
39) Além da assistência à Santa Missa, o que mais é pedido aos fiéis?
A Santa Igreja em sua sabedoria e para o bem de nossas almas, maior glória de Deus e para nossa salvação, pede ainda outras obrigações, que devemos procurar realizar com espírito de obediência e amor por Deus Nosso Senhor. São os chamados “Mandamentos da Igreja”.
40) Quais são esses Mandamentos?
São cinco:
- Assistir a missa inteira aos domingos e dias Santos de Guarda
- Confessar-se uma vez por ano pelo menos
- Comungar por ocasião da Páscoa
- Fazer jejum e abstinência nos dias prescritos
- Dar o dízimo segundo o costume
41) Porque a Igreja nos obriga a confessar e comungar na Páscoa?
Sendo a mais importante festa do Ano Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, a Igreja considera que todos os católicos devem realizar este mínimo de amor por Jesus Sacramentado. Não significa que esta comuhão seja suficiente. O ideal seria que comungássemos todos os domingos. Mas a obrigação da comunhão pascal nos impele a fazer um bom exame de consciência. Quantas pessoas receberam a graça da conversão devido à confissão para a comunhão pascal.
42) Quais os dias Santos de Guarda?
Na Igreja Universal são dias santos de Guarda:
- Oitava de Natal (1º de janeiro)
- Epifania (6 de janeiro)
- São José (19 de março)
- Ascensão de Nosso Senhor
- Corpus Christi
- São Pedro e São Paulo (29 de junho)
- Assunção de N. Senhora (15 de agosto)
- Todos os Santos (1º de novembro)
- N. Sra da Conceição (8 de dezembro)
Em cada país a legislação muda quanto aos dias feriados. Todos os católicos devem fazer um esforço para ir à Santa Missa nos dias santos de Guarda quando não for feriado.
43) Quais os dias de jejum obrigatório?
Atualmente, apenas na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Mas o espírito da Quaresma nos move a jejuar com maior frequência, mesmo não sendo de obrigação. Leia mais sobre o jejum e a abstinência
44) Ainda é de rigor a abstinência de carne nas sextas-feiras?
Sim. Toda sexta-feira do ano devemos nos abster de comer carne (podemos comer peixe), em honra e em memória das dores da Paixão de Cristo.
45) Porque existe a obrigação do dízimo?
Os padres não recebem salários, mas se dedicam em tempo integral às almas. Vivem atentos a todas as necessidades espirituais, e muitas vezes, às necessidades materiais dos seus fiéis. Nada mais justo que as famílias prevejam a subsistência do seu padre.
46) Como se paga o dízimo em nossas Capelas?
Cada família costuma deixar no início do mês uma quantia para este fim. Ela varia de acordo com as possibilidades de cada. Mas todos devem estar atentos para não faltar, de modo a cumprir esta grave obrigação que a Igreja nos impõe, em nome da Caridade e que não deixa de reverter-se para o bem dos próprios fiéis.
OS QUATRO PILARES DA FAMÍLIA
Uma casa se apóia em quatro pilares, uma mesa em quatro pés, a natureza em quatro estações, o mundo em quatro direções, uma sala em quatro lados. Quais são os quatro pilares da família?
1. Comunidade de pessoas. O que faz a família ser uma comunidade, um lar é a convivência, o relacionamento, a comunicação das pessoas. Cada membro da família precisa estar de bem consigo mesmo, com os outros familiares, com a comunidade e com Deus. Família é reciprocidade e complementaridade entre as pessoas, é uma comunidade de vida e de amor onde se experimenta a conjugalidade, a filiação, a fraternidade, a sociabilidade.
Por ser comunidade de pessoas é necessário o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. A família é o lugar primário de humanização da pessoa, é a primeira sociedade natural, lugar de relações interpessoais entre o eu - tu formando o “nós”, isto é, a comunidade de pessoas.
2. Santuário da vida. A família, fundamentada no consenso e no amor entre um homem e uma mulher pelo sacramento do matrimonio, é o berço e o ninho da vida. Nela a vida é transmitida, gerada, nascida, acolhida, cuidada, desenvolvida. Por isso, a família é “patrimônio na humanidade”. Os pais são colaboradores de Deus e benfeitores da sociedade. Como santuário de vida a família rejeita o aborto, a eutanásia e o egoísmo na transmissão da vida. Ela é um tesouro dos povos porque é um “capital humano” a serviço da vida. Nela a pessoa recebe identidade, dignidade e personalidade.
Enquanto santuário de vida, a família protege a “ecologia humana” possibilitando a transmissão da vida e garantindo a sobrevivência humana. A consangüinidade, o parentesco, a familiaridade são valores que garantem a dignidade da pessoa e lhe conferem serenidade. A vida é o bem primário e fundamental que fundamenta todas as outras instituições e direitos. O direito à vida é inviolável. A vida, porém, é frágil. Precisa do amparo da família, dos cuidados básicos, do afeto, da presença e da fé dos pais e irmãos. Na família acontece o “evangelho da vida”. Pais, filhos, irmãos “são ministros da vida”, da dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida.
3. Célula da sociedade. A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade. Ela está no centro da vida social. É titular de direitos próprios e originários. É o lugar primário das relações interpessoais, é célula vital da sociedade.
A família é a primeira instituição social, é uma comunidade natural para o bem da sociedade, aliás, é a primeira sociedade humana. Sem a família as estruturas, as instituições e os povos se debilitam. Todo sistema social que pretende servir ao bem da sociedade não pode prescindir da família.
Ela tem prioridade em relação à sociedade e ao Estado, porque é a condição da existência da pessoa e da sociedade. Ela precede em importância e valor às funções que a sociedade e o Estado devem cumprir. Ela encontra sua legitimação na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A sociedade e o Estado estão para a família. Ela é célula da sociedade que tem direito a políticas familiares como: emprego, habilitações, saúde, escola, etc.
4. Igreja domestica. O sacramento do matrimonio faz dos pais os sacerdotes da família, os primeiros catequistas, os educadores da fé pelo exemplo e pelo ensino. A família é uma instituição divina e lugar de salvação e de santificação. É necessário uma autêntica e profunda espiritualidade conjugal e familiar que se expressa na oração, na vivência da fé, no engajamento eclesial. Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé a seus filhos. Eles são mestres, catequistas e primeiros ministros de seus filhos.
Jesus cresceu em idade, sabedoria e graça na família de Nazaré. Deus no mais íntimo de seu mistério não é solidão, mas uma família. O matrimônio é sinal e instrumento do amor de Deus pela humanidade e a família é imagem da Trindade, uma aliança de pessoas, uma igreja doméstica.
Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina
Uma casa se apóia em quatro pilares, uma mesa em quatro pés, a natureza em quatro estações, o mundo em quatro direções, uma sala em quatro lados. Quais são os quatro pilares da família?
1. Comunidade de pessoas. O que faz a família ser uma comunidade, um lar é a convivência, o relacionamento, a comunicação das pessoas. Cada membro da família precisa estar de bem consigo mesmo, com os outros familiares, com a comunidade e com Deus. Família é reciprocidade e complementaridade entre as pessoas, é uma comunidade de vida e de amor onde se experimenta a conjugalidade, a filiação, a fraternidade, a sociabilidade.
Por ser comunidade de pessoas é necessário o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. A família é o lugar primário de humanização da pessoa, é a primeira sociedade natural, lugar de relações interpessoais entre o eu - tu formando o “nós”, isto é, a comunidade de pessoas.
2. Santuário da vida. A família, fundamentada no consenso e no amor entre um homem e uma mulher pelo sacramento do matrimonio, é o berço e o ninho da vida. Nela a vida é transmitida, gerada, nascida, acolhida, cuidada, desenvolvida. Por isso, a família é “patrimônio na humanidade”. Os pais são colaboradores de Deus e benfeitores da sociedade. Como santuário de vida a família rejeita o aborto, a eutanásia e o egoísmo na transmissão da vida. Ela é um tesouro dos povos porque é um “capital humano” a serviço da vida. Nela a pessoa recebe identidade, dignidade e personalidade.
Enquanto santuário de vida, a família protege a “ecologia humana” possibilitando a transmissão da vida e garantindo a sobrevivência humana. A consangüinidade, o parentesco, a familiaridade são valores que garantem a dignidade da pessoa e lhe conferem serenidade. A vida é o bem primário e fundamental que fundamenta todas as outras instituições e direitos. O direito à vida é inviolável. A vida, porém, é frágil. Precisa do amparo da família, dos cuidados básicos, do afeto, da presença e da fé dos pais e irmãos. Na família acontece o “evangelho da vida”. Pais, filhos, irmãos “são ministros da vida”, da dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida.
3. Célula da sociedade. A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade. Ela está no centro da vida social. É titular de direitos próprios e originários. É o lugar primário das relações interpessoais, é célula vital da sociedade.
A família é a primeira instituição social, é uma comunidade natural para o bem da sociedade, aliás, é a primeira sociedade humana. Sem a família as estruturas, as instituições e os povos se debilitam. Todo sistema social que pretende servir ao bem da sociedade não pode prescindir da família.
Ela tem prioridade em relação à sociedade e ao Estado, porque é a condição da existência da pessoa e da sociedade. Ela precede em importância e valor às funções que a sociedade e o Estado devem cumprir. Ela encontra sua legitimação na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A sociedade e o Estado estão para a família. Ela é célula da sociedade que tem direito a políticas familiares como: emprego, habilitações, saúde, escola, etc.
4. Igreja domestica. O sacramento do matrimonio faz dos pais os sacerdotes da família, os primeiros catequistas, os educadores da fé pelo exemplo e pelo ensino. A família é uma instituição divina e lugar de salvação e de santificação. É necessário uma autêntica e profunda espiritualidade conjugal e familiar que se expressa na oração, na vivência da fé, no engajamento eclesial. Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé a seus filhos. Eles são mestres, catequistas e primeiros ministros de seus filhos.
Jesus cresceu em idade, sabedoria e graça na família de Nazaré. Deus no mais íntimo de seu mistério não é solidão, mas uma família. O matrimônio é sinal e instrumento do amor de Deus pela humanidade e a família é imagem da Trindade, uma aliança de pessoas, uma igreja doméstica.
Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina
Doutrina Católica
Resumo da Doutrina Católica
I. O Mandamento novo de Jesus e as obras de misericórdia.
· · Qual foi o mandamento novo de Jesus? O mandamento novo de Jesus foi: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”.
· · Quantas são as obras de misericórdia? As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais.
As corporais são estas: 1ª. Dar de comer a quem tem fome; 2ª. Dar de beber a quem tem sede; 3ª. Vestir os nus; 4ª. Dar pousada aos peregrinos; 5ª. Visitar os enfermos e encarcerados; 6ª. Remir os cativos; 7ª. Enterrar os mortos.
As espirituais são estas: 1ª. Dar bom conselho; 2ª. Ensinar os ignorantes; 3ª. Corrigir os que erram; 4ª. Consolar os aflitos; 5ª. Perdoar as injúrias; 6ª. Sofrer com paciência as fraquezas do próximo; 7ª. Rogar a Deus pelos vivos e defuntos.
II. Introdução às principais verdades de fé
· · És cristão? Sim, sou cristão pela graça de Deus.
· · Quem é verdadeiro cristão? É verdadeiro cristão quem é batizado, crê em Jesus Cristo e vive conforme os seus ensinamentos.
· · Por que o sinal da cruz é o sinal da do cristão? O sinal da cruz é o sinal do cristão porque em Jesus Cristo Crucificado encontramos os principais ensinamentos da nossa fé.
· · Onde se encontram as verdades reveladas por Deus? As verdades reveladas por Deus encontram-se na Sagrada Escritura e na Tradição.
· · Que é a Sagrada Escritura? A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus escrita no Antigo e no Novo Testamento.
· · Que é a Tradição? A Tradição é a Palavra de Deus não escrita na Sagrada Bíblia, mas transmitida por Jesus aos Apóstolos e por estes à Igreja.
III. O Credo
Deus Criador
· · Quem é Deus? Deus é o nosso Pai, que está nos céus, Criador e Senhor de todas as coisas, que premia os bons e castiga os maus.
· · Há um só Deus? Sim, há um só Deus.
· · A quem chamamos Santíssima Trindade? Chamamos Santíssima Trindade ao mesmo Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, três Pessoas distintas e um só Deus verdadeiro.
· · Por que Deus é Criador? Deus é Criador porque só Ele criou e pode criar todas as coisas, e por ninguém foi criado.
· · Deus cuida das coisas criadas? Deus cuida e tem providência das coisas criadas, e conserva-as e dirige-as todas ao seu próprio fim, com sabedoria, bondade e justiça infinita.
Os Anjos e o homem
· · Quem são os Anjos? Os Anjos são espíritos puros, isto é, sem corpo, que têm entendimento e vontade.
· · Para que criou Deus os Anjos? Deus criou os Anjos para que O louvem, obedeçam e sejam felizes no Céu, para serem os seus mensageiros e cuidarem dos homens.
· · Quem é o Anjo da Guarda? O Anjo da Guarda é o Anjo que Deus nos dá a cada um para que nos guarde na terra e nos guie para o Céu.
· · Quem são os demônios? Os demônios são espíritos maus, anjos que se revoltaram contra Deus, e por isso foram precipitados no inferno.
· · Quem é o homem? O homem é um ser racional e livre, composto de corpo e alma, criado por Deus à sua imagem e semelhança.
· · Que é a alma? A alma é a parte espiritual do homem, pela qual ele vive, entende e é livre. A alma do homem não morre com o corpo, mas vive eternamente porque é espiritual.
· · Para que fim criou Deus o homem? O homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo e assim merecer a vida com o próprio Deus para sempre no céu.
· · Este fim alcança-se sempre? Este fim não se realiza quando deixamos de cumprir a Vontade de Deus.
Jesus Cristo e Nossa Senhora
· · Quem é Jesus Cristo? Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem, que nasceu da Virgem Maria. É a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade feita homem.
· · Por que o Filho de Deus se fez homem? O Filho de Deus se fez homem para nos salvar, isto é, para nos remir do pecado e nos conquistar o Paraíso.
· · Como se realizou a Encarnação do Filho de Deus? A Encarnação do Filho de Deus realizou-se com o Espírito Santo formando nas entranhas da Virgem Maria um corpo perfeitíssimo e criando uma alma nobilíssima que uniu ao corpo; no mesmo instante, uniu-se a este corpo e alma o próprio Filho de Deus; e desta maneira aquele que era só Deus, sem deixar de sê-lo, ficou sendo também homem.
· · Onde nasceu, viveu e morreu Jesus Cristo? Nasceu em Belém, viveu a maior parte da sua vida, até os trinta anos, em Nazaré; durante três anos pregou e fez milagres por toda a Palestina, morrendo crucificado em Jerusalém, no monte Calvário. Aos rês dias ressuscitou e, depois de ter aparecido durante quarenta dias à sua Mãe, às santas mulheres e também aos Apóstolos, aos discípulos e a outras pessoas, subiu aos céus.
· · Que fez Jesus Cristo para nos salvar? Para nos salvar, Jesus Cristo satisfez pelos nossos pecados, sofrendo e sacrificando-se na Cruz, e ensinou-nos a viver segundo a vontade de Deus.
· · Que devemos fazer para viver segundo a vontade de Deus? Para viver segundo a vontade de Deus, devemos acreditar nas verdades reveladas por Ele e observar os seus Mandamentos com o auxílio da sua graça, que se obtém por meio dos Sacramentos e da oração.
· · Quem é a Virgem Maria? A Virgem Maria é a Senhora cheia de graça e de virtudes, concebida sem pecado, que é a Mãe de Deus e Mãe nossa, e está no Céu em corpo e alma.
· · Quais são os principais privilégios da Virgem Maria? Os principais privilégios da Virgem Maria são: sua Conceição Imaculada, sua perpétua Virgindade, sua Maternidade divina e sua Assunção em corpo e alma aos céus. Este privilégios foram definidos como dogmas de fé.
O Espírito Santo e a Igreja
· · Quem é o Espírito Santo? O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho.
· · Quando enviou Jesus Cristo o Espírito Santo? Jesus Cristo enviou o Espírito Santo à sua Igreja no dia de Pentecostes, dez dias depois da sua Ascensão aos céus.
· · Que é a Igreja? A Igreja é o Corpo de Cristo formado pelos batizados que professam a mesma fé em Jesus Cristo, participam dos mesmos Sacramentos e obedecem ao Papa e aos Bispos em comunhão com o Papa.
· · Quem são os pastores visíveis da Igreja? Os pastores visíveis da Igreja são o Papa, sucessor de São Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos.
· · Quem é o Papa? O Papa, ou Romano Pontífice, é o Vigário de Cristo na terra, sucessor de São Pedro, que faz as vezes de Cristo no governo de toda a Igreja.
· · Quem são os Bispos? Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos, colocados pelo Espírito Santo para que, juntamente com o Papa e sob a sua autoridade, continuem a missão de Cristo em toda a Igreja, especialmente cada um na sua própria diocese.
· · Estarão todos os cristãos chamados à santidade e ao apostolado? Todos os cristãos estão chamados à santidade e ao apostolado pelo próprio fato de terem recebido o Batismo e a Confirmação.
Deus remunerador
· · Quais são os “novíssimos” do homem? Os novíssimos ou as últimas coisas que nos hão de acontecer são: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.
· · Que quer dizer a “ressurreição da carne”? A “ressurreição da carne” quer dizer que , como Cristo ressuscitou, assim também nós ressuscitaremos no fim do mundo, voltando a unir-se a alma com os nossos mesmos corpos para nunca mais morrermos.
· · Que é o Céu? O Céu é o lugar onde os bons vivem com Deus eternamente felizes.
· · Quem vai para o Céu? Vão para o Céu os que morrem na graça de Deus.
· · Que é o Purgatório? O Purgatório é o lugar de sofrimento onde se purificam, antes de entrarem no Céu, aqueles que morrem na graça de Deus, mas sem terem satisfeito pelos seus pecados.
· · Que é o Inferno? O Inferno é o lugar onde os maus, afastados de Deus,, sofrem penas eternas.
· · Quem vai para o Inferno? Para o Inferno vão os que morrem em pecado mortal, porque rejeitaram a graça de Deus.
IV. Os Mandamentos
· · Que Mandamentos deve cumprir o cristão? O cristão deve cumprir os Mandamentos da Lei de Deus e os da Santa Madre Igreja.
· · Quantos são os Mandamentos da Lei de Deus? Os Mandamentos da Lei de Deus são dez: 1º. Amar a Deus sobre todas as coisas; 2º. Não tomar seu santo nome em vão; 3º. Guardar os domingos e festas; 4º. Honrar pai e mãe; 5º. Não matar; 6º. Não pecar contra a castidade; 7º. Não furtar; 8º. Não levantar falso testemunho; 9º. Não desejar a mulher do próximo; 10º. Não cobiçar as coisas alheias.
Estes dez mandamentos resumem-se em dois, que são: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
· · Que são os Mandamentos da Igreja? Os Mandamentos da Igreja são os preceitos que a Igreja nos dá em virtude do poder recebido de Jesus, para ajudar-nos a cumprir a Lei de Deus e assim conseguirmos a nossa salvação eterna.
· · Quais são os Mandamentos da Igreja? Os principais Mandamentos da Igreja são cinco: 1º. Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de guarda; 2º. Confessar ao menos uma vez por ano os pecados mortais; 3º. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição; 4º. Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja; 5º. Pagar dízimos conforme o costume.
· · Quem está obrigado a ouvir Missa aos domingos e festas de guarda? Estão obrigados a ouvir Missa aos domingos e festas de guarda todos os cristãos que cumpriram os sete anos e chegaram ao uso da razão.
Dias com obrigação de ouvir Missa
· · Todos os domingos do ano.
· · Dia 1º de janeiro, festividade de Santa Maria, Mãe de Deus.
· · Festividade do Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), celebrada na quinta-feira depois do Domingo da Santíssima Trindade.
· · 08 de dezembro, festividade da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
· · 25 de dezembro, Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Lei do jejum e abstinência
· · “Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com alguma solenidade do calendário litúrgico. Nesse dia os fiéis devem abster-se de carne ou outro alimento, ou praticar alguma forma de penitência, principalmente alguma obra de caridade ou algum exercício de piedade”.
· · “A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia” (Decreto 4-86, da CNBB).
· · Idade da obrigação: a abstinência obriga a partir dos 14 anos completos; o jejum a partir dos 21 anos completos até 60 anos começados.
V. Pecados e virtudes
· · Que é pecado? Pecado é toda desobediência voluntária à Lei de Deus ou da Igreja.
· · Que é o pecado original? O pecado original é o pecado que a humanidade cometeu em Adão, sua cabeça, e que [de Adão] todos os homens contraem por descendência natural. O pecado original apaga-se com o Batismo.
· · Que é pecado mortal? Pecado mortal é uma desobediência à Lei de Deus ou da Igreja em matéria grave, feita com pleno conhecimento e consentimento deliberado.
· · Que é pecado venial? Pecado venial é uma desobediência à Lei de Deus ou da Igreja em matéria leve, ou em matéria grave mas sem pleno conhecimento e perfeito consentimento.
· · Que é virtude? A virtude é um hábito bom, uma disposição permanente da alma para atuar bem.
· · Quais são as virtudes próprias do cristão? As virtudes próprias do cristão são as virtudes sobrenaturais, especialmente a fé, a esperança e a caridade, que são chamadas virtudes teologais ou divinas.
· · Quais são as principais virtudes morais? As principais virtudes morais são: a religião, que nos faz prestar a Deus o culto devido, e as quatro virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança, que nos fazem honestos no viver.
· · Que é vício? Vício é a inclinação para o pecado adquirida pela repetição de atos maus.
· · Quantos são os vícios ou pecados capitais? Os pecados capitais são sete: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça.
· · Como se vencem os pecados capitais? Os pecados capitais vencem-se com a prática das virtudes opostas: contra a soberba, humildade; contra a avareza, liberalidade; contra a luxúria, castidade; contra a ira, paciência; contra a gula, temperança; contra a inveja, caridade; contra a preguiça, diligência.
· · Quantos são os pecados contra o Espírito Santo? Os pecados contra o Espírito Santo são seis: 1º. Desesperação da salvação; 2º. Presunção de se salvar sem merecimento; 3º. Contradizer a verdade conhecida como tal; 4º. ter inveja das mercês que Deus faz aos outros; 5º. Obstinação no pecado; 6º. Impenitência final.
· · Quantos são os pecados que bradam ao céu? Os pecados que bradam ao Céu são quatro: 1º. Homicídio voluntário; 2º. Pecado sensual contra a natureza; 3º. Opressão dos pobres; 4º. Não pagar o salário a quem trabalha.
· · Quantos são os inimigos da alma? Os inimigos da alma são três: o Mundo, o Demônio e a Carne.
· · Qual o remédio contra o pecado? O remédio contra o pecado é a graça de Deus pelos méritos de Jesus Cristo, que Ele nos concede pela oração e pelos sacramentos, e com a qual devemos cooperar por meio das boas obras.
A oração
· · Que é a oração? A oração é uma elevação do espírito e do coração a Deus, para o adorar, para lhe dar graças e para lhe pedir aquilo de que precisamos.
· · Como se deve orar? Deve-se orar refletindo que estamos na presença da infinita majestade de Deus e precisamos da sua misericórdia, e por isso devemos comportar-nos de maneira humilde, atenta e devota.
· · É necessário orar? É necessário orar muitas vezes porque Deus o manda; ordinariamente, é só quando se ora que Ele concede as graças espirituais e temporais.
· · Que é o Pai-nosso? O Pai-nosso é a oração ensinada e recomendada por Jesus Cristo.
· · Com que oração invocamos especialmente Nossa Senhora? Invocamos especialmente Nossa Senhora com a Ave-Maria ou saudação angélica.
As Bem-aventuranças
· · Quantas são as Bem-aventuranças? As Bem-aventuranças são oito: 1ª. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus; 2ª. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra; 3ª. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; 4ª. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados; 5ª. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; 6ª. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus; 7ª. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de eus; 8ª. Bem-aventurados os que padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
VI. Os Sacramentos
· · Que se entende por Sacramento? Por Sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo para santificar as nossas almas.
· · Como se santificam os Sacramentos? Os Sacramentos santificam dando-nos a primeira graça santificante que apaga o pecado, ou aumentando a graça que já possuímos.
· · Que é a graça? A graça é um dom sobrenatural que Deus concede para alcançar a vida eterna. A graça santificante nos faz filhos de Deus e herdeiros do céu.
· · Quantos são os Sacramentos? Os Sacramentos são sete: 1º. Batismo; 2º. Confirmação ou Crisma; 3º. Eucaristia; 4º. Penitência ou Confissão; 5º. Unção dos enfermos; 6º. Ordem; 7º. Matrimônio.
· · Que devemos fazer para conservar a graça dos Sacramentos? Para conservar a graça dos Sacramentos, devemos corresponder da nossa parte com a ação própria, praticando o bem e evitando o mal.
Sobre o Batismo
· · Que é Batismo? O Batismo é o Sacramento pelo qual renascemos para a graça de Deus e nos tornamos cristãos.
· · Quais são os efeitos do Batismo? O Sacramento do Batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e também o atual, se o há; perdoa toda pena por eles devida; imprime o caráter de cristão; faz-nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do Paraíso, e torna-nos capazes de receber os outros Sacramentos.
· · Como se batiza? Batiza-se derramando água sobre a cabeça do batizando, ou, não podendo ser sobre a cabeça, sobre qualquer outra parte principal do corpo, dizendo ao mesmo tempo: Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Sobre a Confirmação
· · Que é a Confirmação? A Confirmação ou Crisma é um Sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo e nos faz perfeitos cristãos.
· · Quais são os dons do Espírito Santo que recebemos na Confirmação? Os dons do Espírito Santo que recebemos na Confirmação são sete: 1º. Sabedoria; 2º. Entendimento; 3º. Conselho; 4º. Fortaleza; 5º. Ciência; 6º. Piedade; 7º. Temor de Deus.
· · Quais são os frutos do Espírito Santo? Os frutos do Espírito Santo são: caridade, gozo, paz, paciência, benignidade, longanimidade, mansidão, fé, modéstia, continência e castidade.
Sobre a Penitência
· · Que é o Sacramento da Penitência? A Penitência ou Confissão é o Sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do Batismo.
· · Quantas coisas são necessárias para fazer uma boa confissão? São necessárias cinco coisas: 1ª. Exame de consciência (lembrar-se dos pecados cometidos); 2ª. Dor ou arrependimento dos pecados; 3ª. Propósito de nunca mais pecar; 4ª. Confissão ou acusação dos pecados; 5ª. Cumprimento da penitência.
· · É necessário confessar-se individualmente? A Igreja ensina que, por direito divino, é necessário confessar individualmente todos e cada um dos pecados mortais, bem como as circunstâncias que mudam a espécie dos pecados; e que a confissão individual e íntegra, com a absolvição a cada penitente, permanece o único meio ordinário pelo qual os fiéis se reconciliam com Deus e com a Igreja, a não ser que a verdadeira impossibilidade física ou moral os dispense deste modo de confissão.
· · Quais são as vantagens da confissão freqüente? Com a confissão freqüente, também chamada confissão de devoção, recomendada por todos os Papas, aumenta o conhecimento próprio, cresce a humildade cristã, eliminam-se os maus costumes, combate-se a tibieza e a indolência espiritual, robustece-se a vontade, leva-se a cabo a salutar direção das consciências e aumenta a graça em virtude do sacramento.
Sobre a Eucaristia
· · Que é a Eucaristia? A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das aparências de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.
· · Quando é que o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue de Jesus? O pão e o vinho tornam-se Corpo e Sangue de Jesus no momento da Consagração, na Missa. Esta miraculosa conversão é chamada Transubstanciação pela Igreja.
· · Depois da Consagração não fica nada do pão e do vinho? Depois da Consagração já não fica nem pão nem vinho, mas ficam somente as respectivas espécies ou aparências, sem a substância.
· · Há obrigação de receber a comunhão? Há obrigação de receber a comunhão todos os anos pela Páscoa, e em perigo de morte como viático.
· · É coisa boa e útil comungar freqüentemente? É coisa ótima comungar freqüentemente e até todos os dias, contanto que se faça com as devidas disposições.
· · Que é a Santa Missa? A Santa Missa é o Sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre o altar debaixo das aparências do pão e do vinho, renovando de forma incruenta o sacrifício da Cruz.
Sobre a Unção dos Enfermos
· · Que é a Unção dos Enfermos? A Unção dos Enfermos é o Sacramento instituído para alívio espiritual e também temporal dos enfermos em perigo de morte.
· · Quais são os efeitos da Unção dos Enfermos? Os efeitos da Unção dos Enfermos são: 1º. Aumenta a graça santificante; 2º. Apaga os pecados veniais e também os mortais que o enfermo arrependido já não possa confessar; 3º. Tira a fraqueza e languidez para o bem que fica ainda depois de se ter alcançado o perdão dos pecados; 4º. Dá força para suportar pacientemente o mal, resistir às tentações e morrer santamente; 5º. Ajuda a recuperar a saúde do corpo, se isso for útil à salvação da alma.
· · Quem deve receber a Unção dos Enfermos? A Unção dos Enfermos deve ser conferida com todo o cuidado e diligência aos fiéis que, por doença ou idade avançada, estão em grave perigo de vida.
· · Que obrigação têm os familiares e os que assistem o enfermo? Os familiares e os que assistem o enfermo têm obrigação grave de procurar que receba a Santa Unção, se possível antes de que perca o conhecimento.
Sobre a Ordem Sacerdotal
· · Que é a Ordem Sacerdotal? A Ordem Sacerdotal é o Sacramento que dá o poder de exercer os ministérios sagrados que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma de quem o recebe o caráter de ministro de Deus: Bispo, Sacerdote ou Diácono.
· · Que concede o Sacramento da Ordem àqueles que o recebem? O Sacramento da Ordem concede aos que o recebem o aumento da graça santificante, o caráter sacramental que lhes dá poder para exercer as funções sagradas, e as graças para fazê-lo dignamente.
· · Quais são as principais funções do sacerdote? As principais funções do sacerdote são: celebrar a Santa Missa, administrar os Sacramentos e pregar a palavra de Deus.
Sobre o Matrimônio
· · Que é Matrimônio? O Matrimônio é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem mutuamente e de educarem cristãmente os filhos.
· · Como devem receber este Sacramento? É preciso receber o Sacramento do Matrimônio em graça de Deus; se se recebe em pecado mortal, o Matrimônio é valido, mas comete-se um grave sacrilégio.
· · Quem é o ministro do Sacramento do Matrimônio? O ministro do Sacramento do Matrimônio são os próprios cônjuges.
· · Quais são os fins do Matrimônio? Os fins do Matrimônio são a procriação e a educação dos filhos, o amor e a ajuda mútua entre os esposos e o remédio da concupiscência.
· · Quais são as propriedades do Matrimônio? As propriedades do Matrimônio são a unidade e a indissolubilidade; isto é, deve ser de um com uma e para sempre.
· · Que devem fazer os esposos cristãos para viverem santamente? Para viverem santamente, os esposos cristãos devem amar-se e guardar fidelidade um ao outro, receber os filhos que Deus lhes dê e educá-los cristãmente.
VII. As indulgências
Da Constituição “Indulgentiarum Doctrina”, de Paulo VI, de 1º de janeiro de 1967.
· · Que são as indulgências? Indulgência é a remissão diante de Deus da pena temporal devida pelos pecados, já perdoados no que se refere à culpa, que ganha o fiel, convenientemente preparado, em certas e determinadas condições, com ajuda da Igreja que, como administradora da Redenção, dispensa e aplica com plena autoridade o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos.
· · Quantas espécies há de indulgência? Há duas espécies: a plenária e a parcial, segundo libertam totalmente ou em parte da pena temporal devida pelos pecados. Tanto uma como a outra podem aplicar-se pelos defuntos a modo de sufrágio.
· · Quantas indulgências plenárias se podem ganhar por dia? Somente uma por dia, a não ser in articulo mortis, caso em que o fiel poderá ganhar a indulgência plenária por esse motivo, ainda que no mesmo dia tenha ganho já outra indulgência plenária.
· · Que se requer para ganhar indulgência plenária? Requer-se: a) realizar a obra enriquecida com a indulgência; b) confissão sacramental; c) comunhão eucarística, e d) oração pelas intenções do Papa. Além disso, é necessário que não exista nenhum afeto a qualquer pecado, mesmo venial.
· · Quando se devem cumprir as condições de confissão, comunhão e oração pelo Papa? Ainda que possam cumprir-se alguns dias antes ou depois da execução da obra prescrita, é conveniente que a comunhão e a oração pelo Papa se realizem no mesmo dia em que se faça a obra. Com uma só confissão podem ganhar-se várias indulgências plenárias; pelo contrário, com uma só comunhão e uma só oração pelo Papa, somente se pode ganhar uma indulgência plenária.
· · Que é que se perdoa com uma indulgência parcial? Ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, realiza uma obra enriquecida com indulgência parcial, é-lhe concedida, por graça da Igreja, uma remissão da pena temporal igual à que ele recebe pela própria obra.
Principais obras indulgenciadas
Com data de 29 de junho de 1968, a Sagrada Penitenciaria Apostólica publicou o decreto promulgatório do novo “Enchiridion das Indulgências”. Apresentamos a seguir um resumo desse decreto.
· · Concessões gerais: 1. “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, ao cumprir os seus deveres e ao suportar as dificuldades da vida, eleva o espírito a Deus, com humilde confiança, acrescentando – inclusive apenas mentalmente – alguma piedosa invocação”; 2. “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, com espírito de fé, se entrega a si mesmo ou os seus bens com ânimo misericordioso ao serviço dos irmãos necessitados” (qualquer necessidade: no corpo, na alma, na inteligência); 3. Concede-se indulgência parcial ao fiel que espontaneamente, com espírito de penitência, se priva de alguma coisa lícita que lhe é agradável”.
· · Orações e práticas indulgenciadas com indulgência plenária: 1. Adoração ao Santíssimo Sacramento, pelo menos durante meia hora; 2. Leitura da Sagrada Escritura, pleo menos durante meia hora; 3. Exercício da Via-Sacra, diante das estações legitimamente erigidas; 4. Recitação do terço do Rosário na Igreja ou oratório ou em família, em comunidade religiosa ou em associação piedosa; 5. Recitação da oração a Jesus Crucificado nas Sextas-feiras da Quaresma. Nos outros dias do ano, há indulgência parcial; 6. Assistência ao ato de clausura de Congresso Eucarístico; 7. Exercícios espirituais ou retiro que durem pelo menos três dias; 8. Primeira Comunhão: aos que a fazem ou assistem à celebração; 9. Primeira Missa solene do neo-sacerdote e aos que assistem à mesma; 10. Datas jubilares da ordenação sacerdotal (25º, 50º e 60º aniversário) ao sacerdote e aos que assistem à Missa, celebrada com certa solenidade; 11. Visita à igreja catedral e paroquial no dia da festa do titular e no dia 02 de agosto; 12. Visita à igreja ou ao altar no dia da sagração; 13. Visita à igreja ou ao oratório na comemoração de todos os fiéis defuntos (só aplicável aos defuntos). Esta indulgência, com o consentimento do Ordinário, pode ganhar-se no Domingo anterior ou posterior ao dia de Todos os Santos; 14. Visita à igreja e ao oratório dos religiosos na festa do Santo Fundador; 15. Renovação das promessas batismais, usando qualquer fórmula aprovada, no dia da Vigília Pascal e no dia do aniversário do Batismo.
· · Orações e práticas indulgenciadas com indulgência parcial: 1. A recitação do Angelus ou Regina Coeli; 2. A oração Lembrai-vos; 3. A novena antes do Natal do Senhor, do Pentecostes ou da Imaculada Conceição, feita em público; 4. Oração pelas vocações sacerdotais ou religiosas. A oração deve ser aprovada pela autoridade eclesiástica, com este fim; 5. A Salve Rainha; 6. A recitação da oração Alma de Cristo; 7. O ensino e o aprendizado de qualquer matéria de doutrina cristã; 8. O uso de um objeto piedoso (crucifixo, cruz, terço, escapulário, medalha) bento por um sacerdote. Se for bento pelo papa ou por um Bispo, o fiel que o usar devotamente pode ganhar indulgência plenária no dia da festa de São Pedro e São Paulo, acrescentando, com qualquer fórmula legítima, a profissão de fé.
Assinar:
Postagens (Atom)